Carceragem onde Lula cumpre pena está razoável, dizem senadores

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 18/04/2018 às 14:17 | Atualizado em: 18/04/2018 às 14:17
A carceragem da Polícia Federal em Curitiba está em condições razoáveis para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atestou a comissão de senadores que visitaram o líder petista nesta terça-feira (17).
Após a visita, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse que objetos pessoais dele desapareceram na noite de segunda-feira (16).
Segundo a senadora, um carro da assessoria do PT foi arrombado e dele foram subtraídas roupas limpas, que seriam entregues a Lula, além de documentos pessoais do ex-presidente, como o passaporte e um talão de cheques.
O caso foi registrado na Polícia Civil do Paraná.
Segundo a polícia, a Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba investiga o caso.
Também teria sido roubado um aparelho celular.
Depois de uma vistoria na carceragem sede da Superintendência da PF, onde Lula está preso, a senadora e os demais parlamentares da comissão externa, vinculada à Comissão de Direitos Humanos do Senado, inspecionaram as condições da prisão de Lula.
“Ele [Lula] pediu que nós, senadores, lutássemos pelo reequilíbrio das instituições”, disse Gleisi (foto).
Ela reafirmou que o ex-presidente Lula tem direito de receber visitas.
O senador João Capiberibe (PSB-AP) disse que todos os detentos com os quais a comitiva conversou consideraram “adequado” o tratamento recebido no local.
“Lula está tranquilo, mas indignado com a distorção das informações [sobre ele] que estão chegando à população”.
Condições da prisão
Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Regina Souza (PT-PI), as condições de alimentação, vestimenta e limpeza das instalações também são “razoáveis”.
Lula “está bem”, afirmou a senadora. “Ele mesmo disse: ‘o banheiro [está] limpo’. O sanitário, armário, a mesa [estão em boas condições], há os livros e cartas [que ele é autorizado a receber]”.
O ex-presidente foi preso no último dia 7, após o Supremo Tribunal Federal negar pedido de habeas corpus preventivo.
Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil