Na entrevista aos jornalistas em que comentou partes dos avanços feitos nos seis primeiros meses de sua gestão, o governador Amazonino Mendes (PDT) falou pela primeira vez sobre o pedido de impeachment protocolado contra ele na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).
Ao ser questionado pelo BNC, o governador respondeu: “você me desculpe eu rir. Isso não é política. Entendo que é politicalha, politiquice. Impeachment? Fizeram tanta molecagem nesse estado, tanta safadeza… eu não ouvi ninguém falar em impeachment... A gente não dá importância pra coisas sem nexo, sem lógica. Todo mundo sabe que a procedência desse pedido é meramente politicóide. Vamos pra frente, vamos continuar trabalhando”.
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Relação com deputados
Ainda na sede do Palácio na Compensa, na manhã desta quinta-feira, dia 26, Amazonino classificou sua relação com os deputados da Assembleia, na maioria das vezes de embate, como “natural”e “institucional” e que optou por governar sem “conluio político”.
“É a quarta vez que eu governo, então eu tenho muita experiência. Então eu fiz uma opção: você pode governar no conluio político, com acordo político, em detrimento da população. Ou você pode governar voltado para população em detrimento da organização política. Eu fiz a minha opção, acho que é a opção moderna, que o Brasil aspira, menos política, mais administração. Não desmereço nenhum político. Cada um cumpre o seu papel, o povo julga. E na relação, é meramente institucional. Agora estou sujeito a essas brincadeiras, o cara pedir meu afastamento, impeachment, isso é brincadeira! Acho até que desrespeita a própria Casa. Desmerece a Casa, avilta o mandato que é pago pelo povo”, comentou referindo-se ao deputado estadual Sabá Reis (PR), autor do pedido de afastamento.
Cabo eleitoral
Amazonino ressaltou que o Brasil e o processo político estão mudando. “Não é mais coronelismo. Ninguém é dono de ninguém, e nem eu quero ser dono das pessoas”.
E disse que se for candidato, quer ser eleito através do povo e não por políticos.
“Meu cabo eleitoral tem que ser o povo, não é político, e eu não quero que ser eleito através dos políticos. Se eu for candidato, quero ser eleito através do povo.”
Foto: BNC