O 11 de maio será um dia nervoso no Partido dos Trabalhadores do Amazonas (PT-AM).
A data marca o prazo final para que os petistas digam se pretendem apoiar candidatura a governador fora da legenda.
Há forte movimento nas correntes internas da legenda para que o PT rechace essa possibilidade e saia com candidatura própria.
Os principais defensores da hipótese, como o advogado José Barroncas , militante histórico, avaliam que o PT precisa de palanque para defender suas ideias e o legado do ex-presidente Lula, que está preso.
A tese ganhou reforço com o retorno do ex-deputado federal Francisco Praciano (PT) a Manaus.
Praciano era cogitado desde o começo do ano como pré-candidato a senador, mas seus aliados no partido passaram a defender a proposta de que ele dispute o governo do Estado .
Os petistas também incluíram como opção de candidatura própria o nome da secretária nacional de Mulheres da sigla, Anne Karolyne , que ainda não respondeu sobre o assunto.
A candidatura própria, porém, não pacifica o PT-AM, porque há defesa de aliança com David Almeida (PSB) e Amazonino Mendes (PDT), por exemplo.
Correntes que possuem poder de decisão nas instâncias do partido acusam o deputado José Ricardo de estar por trás da ideia de candidatura própria, para esconder a conveniência, para ele, de não ter que arriscar disputar o governo.
José Ricardo era opção ao cargo, mas declinou no começo do ano, alegando que o PT nacional não elegeu como prioridade candidaturas a governador, mas sim a deputado federal, cago que ele pretende disputar.
Seus opositores, no entanto, o acusam de ter traído a confiança da sigla, porque foi preparado para a disputa e fugiu dela depois que seu nome ganhou visibilidade.
Eles dizem que José Ricardo foi preparado para as eleições de 2018, quando o partido o lançou a prefeito de Manaus, em 2016, e quando o colocou na briga pelo governo do Amazonas, nas eleições suplementares do ano passado.
O nervosismo no PT-AM sobre o dia 11 começou a se manifestar ontem, quando a Secretaria de Comunicação do partido distribuiu nota convocando para hoje uma coletiva de imprensa para tratar do assunto.
Assessores do presidente do PT-AM, Sinésio Campos, ligaram para o BNC AMAZONAS para dizer que a convocação não tinha a anuência da direção.
Foto: Facebook/Alex Ximango