Governo avança nos planos para exploração de minérios

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 11/02/2017 às 13:39 | Atualizado em: 11/02/2017 às 13:39
O tão esperado início da exploração da silvinita (potássio) na região do rio Madeira, a partir do município de Autazes, com benefícios para cidades vizinhas, como Nova Olinda do Norte e Borba, pode estar próximo.
O governador José Melo (Pros) anunciou nesta semana que está buscando investimentos, nacionais e estrangeiros, para viabilizar esse projeto e outros três de exploração mineral que estão inseridos na nova matriz econômica que o governo está implantando no Amazonas.
Nesta sexta, dia 10, Melo fez reunião com sua equipe econômica e representantes de empresas interessadas em concorrer à exploração da silvinita e outros minérios. O governo está tentando eliminar entraves para que o estado feche os contratos.
A Potássio do Brasil, por exemplo, pede isonomia tributária de ICMS entre o cloreto de potássio importado e o que a empresa pretende produzir no Amazonas, com um investimento na casa dos US$ 2 bilhões.
A Mineração Taboca quer continuar investindo no município de Presidente Figueiredo, mas quer mudar da extração do estanho para metais estratégicos (tântalo, terras raras, estanho, nióbio, zircônio, urânio e tório).
Melo explicou que há um detalhe ambiental importante nessa mudança: a lavra não aumenta porque a exploração será sobre o rejeito da exploração do estanho.
“Se a mudança se mostrar viável, a empresa deve instalar uma planta de transformação em Manaus com investimentos de até US$ 500 milhões”, disse o governador.
Os russos também estão de olho nas riquezas do Amazonas. A empresa Rosneft anunciou intenção de ampliar a exploração de gás natural e petróleo na bacia do rio Solimões, na região entre os municípios de Coari e Tefé.
A Kalamazon Estudos Geológicos aguarda aprovação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e licenciamento Ambiental do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para iniciar a exploração de caulim próximo a Manaus.
O secretário de Planejamento (Seplan), José Jorge Nascimento, disse que recebeu determinação do governador para viabilizar os negócios.
“São todos modelos de desenvolvimento de utilização dos minérios de forma sustentável, com o mínimo possível de impacto e aliado à matriz econômico-ambiental do estado”, disse o secretário.
Foto: Divulgação/Secom