Bolsonaro é chamado a explicar a declaração “fuzilar a petralhada”

Publicado em: 05/09/2018 às 18:53 | Atualizado em: 05/09/2018 às 18:53
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro é solicitado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a dar explicações sobre a frase “fuzilar a petralhada”, proferida no sábado, dia 1º, durante evento de campanha em Rio Branco, no Acre.
Na ocasião, o presidencial declarou: “Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre!”.
Diante disso, a coligação O Brasil feliz de novo, da qual o PT faz parte, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), e o relator, ministro Ricardo Lewandowski, pediu um parecer de Raquel Dodge sobre o assunto.
O PT pediu que Bolsonaro responda por injúria eleitoral, incitação ao crime e ameaça.
A legenda argumenta, ainda, que durante o comício o candidato do PSL segurou um tripé como se fosse uma arma e disse:
“Vamos botar esses picaretas para correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir pra lá. Só que lá não tem nem mortadela galera, vão ter que comer é capim mesmo”, disse o candidato em um vídeo apresentado no evento.
O que diz Raquel Dodge
No parecer enviado ao STF, Raquel Dodge diz que não há razão para Bolsonaro responder por injúria eleitoral porque o crime é específico sobre ofender alguém na propaganda.
Ainda na manifestação, a procuradora-geral diz que o termo “petralhada” não personifica ninguém.
Sobre as suspeitas de incitação ao crime e ameaça, ela afirmou que é preciso avaliar melhor após esclarecimentos do deputado.
A procuradora-geral pede, então, que Bolsonaro se manifeste, caso queira, e apresente documentos para esclarecer o episódio.
Fonte: G1
Foto: Reprodução/Facebook