A causa dos constantes aumentos no preço dos combustíveis em Manaus, como a gasolina que chega a R$ 5 o litro, é o monopólio no refino do petróleo, nas mãos da Petrobrás.
A afirmação foi feita pelo deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), em discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).
“O que está por trás disso é que o preço dos derivados dos combustíveis não podem variar apenas em função do dólar. O Brasil efetivamente tem um monopólio. Embora o monopólio da extração tenha sido quebrado, a verdade é que o monopólio do refino não foi”, disse.
Ainda segundo o líder do PSB na ALE, se as distribuidoras e postos de combustíveis tivessem a importação facilitada o preço final dos produtos derivados de petróleo seria bem menor pela competitividade que existiria.
“O Brasil faz algo que é a mais absoluta contradição. Ele extrai o petróleo, vende o petróleo in natura e compra combustível. Ou seja, ele gasta frete para mandar petróleo para o exterior e gasta frete para trazer o combustível”, afirmou.
Para Serafim, haverá competição de preço quando esse monopólio da Petrobrás for quebrado. “Se facilitar e induzir a importação pelas distribuidoras, e até mesmo pelos postos de combustíveis, nós teríamos preços menores”, disse.
Alerta de paralisação
Após a paralisação nacional dos caminhoneiros por causa do preço do óleo diesel, em maio deste ano, a categoria conseguiu que o valor ficasse congelado até o fim do ano.
Serafim disse que o próximo presidente da República pode enfrentar uma nova paralisação dos caminhoneiros quando o subsídio não for mais concedido à categoria.
“O próximo presidente, seja quem for, vai assumir com a queda do subsídio, o que significa dizer o aumento do óleo diesel no dia primeiro de janeiro. Isso pode resultar em novo movimento dos caminhoneiros, que teve o resultado que teve”.
*Com foto e informações da assessoria do parlamentar.