Notícias falsas podem influenciar voto e preocupam 75% dos eleitores

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 03/10/2018 às 18:08 | Atualizado em: 03/10/2018 às 18:08

As notícias falsas (fake news) são preocupação do voto influenciado para 75% dos eleitores entrevistados numa pesquisa divulgada, nesta quarta-feira (3), pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Entre os mais jovens, com até 34 anos, o receio sobe para 82%.

Mais da metade (60%) dos eleitores têm o hábito de checar se as informações que recebem pelas redes sociais são verdadeiras, de acordo com informações da Agência Brasil.

O método mais usado para conferir a confiabilidade das notícias é a partir da verificação da fonte, prática de 52% dos que se preocupam em fazer a checagem, 45% usam os mecanismos de busca, como o Google, para pesquisar e 33% tomam o cuidado de ler todo o texto, não apenas o título.

Cerca de um terço (34%) dos brasileiros tem o hábito de compartilhar informações sobre políticos pelas redes sociais.

Entre os homens, esse índice é um pouco maior (42%).

A rede mais usada para compartilhar esse tipo de conteúdo é o Facebook, utilizado por 83% dos que disseram divulgar notícias envolvendo políticos, seguido pelo WhatsApp (67%), o Instagram (25%) e o Twitter (23%).

A maioria das pessoas (62%), no entanto, não compartilha informações sobre política.

Apesar da importância das redes sociais, a TV é o principal meio de informação sobre as propostas dos candidatos à Presidência, mencionado por 67% dos eleitores.

A internet aparece em segundo lugar, com 40% da preferência, as matérias jornalísticas vêm em seguida (34%) e as conversas com parentes são citadas por 30%.

O horário eleitoral gratuito em rádio e TV é acompanhado por 29% dos brasileiros.

Para elaboração da pesquisa foram ouvidas 800 pessoas acima de 18 anos de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras.

 

Facebook

Em maio, o Facebook anunciou um acordo com agências de checagem para averiguar a veracidade de publicações e evitar a circulação das notícias falsas.

No Brasil, a parceria envolve as agências Lupa, Aos Fatos e France Press.

As mensagens consideradas falsas têm o alcance reduzido e os usuários que as compartilharam recebem uma notificação.

Outra frente de atuação é o combate aos perfis falsos, identificados como um instrumento de difusão de fake news.

A empresa anunciou em maio que derrubou neste ano, em média, 6 milhões de contas falsas por dia.

A remoção ocorreu baseada nos “parâmetros da comunidade”, regras que, quando violadas, geram a exclusão da publicação. O chamado discurso de ódio, muitas vezes associado a notícias falsas, também é objeto de retirada.

 

Foto: Reprodução/Curta Mais