Rejeição a Haddad já ultrapassa a de Bolsonaro

Disputa presidencial tem inversão no índice de rejeição dos candidatos no 2º turno

Neuto Segundo

Publicado em: 16/10/2018 às 22:36 | Atualizado em: 16/10/2018 às 22:36

Duas pesquisas do Ibope divulgadas na última segunda-feira, 15, mostram panorâmica eleitoral que pouco favorece o candidato do PT à Presidência da República e, por outro lado, indicam que o capitão da reserva que defende a candidatura do PSL tem melhorado sua rejeição, mesmo fazendo campanha de casa, via redes sociais.

Conforme os números do Ibope, o presidenciável Fernando Haddad (PT) agora tem maior rejeição que a de Jair Bolsonaro (PSL) – foto. Com 47% de rejeição, Haddad está 11 pontos percentuais acima desse índice quando comparado ao primeiro turno das eleições, quando o índice era de 36%.

Rejeição de Bolsonaro cai

Por outro lado, a rejeição de Jair Bolsonaro caiu de 43%, na pesquisa anterior, para 35%. Os petistas acusam as fake news de interferir da disputa eleitoral e prejudicar a candidatura do PT.

Jair Bolsonaro tem a preferência das intenções de voto no estrato evangélico. Ali o capitão da reserva abriu uma brecha quase intransponível pelo petista, com vantagem de 42 pontos percentuais. Bolsonaro tem 66% da preferência dos evangélicos, contra 24% que preferem Haddad.

A outra pesquisa do Ibope retrata a representatividade dos dois candidatos em setores da sociedade. Foi proposta a seguinte questão aos entrevistados: “Qual candidato melhor representa os interesses de dez setores da sociedade?”

Os entrevistados veem Jair Bolsonaro – 65% – como representante dos ricos. O mesmo percentual é atribuído ao capitão da reserva como representante dos empresários. Bolsonaro também é visto como representante dos banqueiros e dos jovens.

Fernando Haddad é visto por 22% dos entrevistados como representante dos ricos. Mas aposentados, trabalhadores e mulheres também são setores da sociedade aonde Haddad é visto como representante.

Em segmentos como agricultura e meio ambiente os dois presidenciáveis estão empatados pela perspectiva dos entrevistados. No entanto, 10% dos consultados não vê nenhum dos dois como representante do meio ambiente.

Conforme a pesquisa, 5% não vê nenhum dos dois candidatos como defensores dos ricos nem dos empresários.

O levantamento, contratado pela TV Globo e pelo “Estado de S. Paulo”, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01112/2018 e tem nível de confiança de 95%.

Foto: BNC Amazonas