Eron toma posse na Câmara e quer impedir “passo à ditadura”

Eron Bezerra (PCdoB) toma posse na Câmara

Israel Conte

Publicado em: 25/10/2018 às 11:37 | Atualizado em: 25/10/2018 às 15:02

O ex-deputado estadual Eron Bezerra (PCdoB) tomou posse na quarta-feira, dia 24, em Brasília para um mandato de 90 dias como deputado federal.

Ele substitui Gedeão Amorim (MDB) que se licenciou da Câmara dos Deputados para assumir a Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) do governo de Amazonino Mendes (PDT).

“Eu tenho desafios a superar. O primeiro é que nós temos que impedir que domingo, dia 28, nós demos um passo agigantado em direção à uma ditadura. Se não conseguimos reverter essa votação, a pauta que vamos enfrentar aqui a partir de novembro é eles tentando fazer com que o governo moribundo do Temer ainda consiga viabilizar umas pautas mais negativas para eles não terem que arcar com esse desgaste já no começo do governo. Nesse sentido, eu me junto à bancada para ser mais um na linha de defesa dos trabalhadores. Nosso papel aqui é impedir que a nação seja destruída, que os fundamentos da nossa democracia sejam corroídos, e que os direitos fundamentais dos trabalhadores sejam todos jogados para baixo do tapete”, declarou após o ato de posse, em Brasília.

Para Eron, uma vitória de Jair Bolsonaro pode reacender a discussão da Reforma da Previdência na Câmara, o que prejudicaria ainda mais os trabalhadores.

“Já tivemos um grande prejuízo com a Reforma Trabalhista que não conseguimos impedir e podemos ter um ainda maior se, eventualmente, se votar a Reforma da Previdência. Se eles ganharem a eleição vão tentar impor essa pauta para tentar se livrar dessa agenda no início do governo. Mas estamos aqui para ampliar a resistência e impedir ainda mais retrocessos”, pontuou.