Bolsonaro dará asilo a médicos cubanos que quiserem ficar no Brasil

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 14/11/2018 às 18:31 | Atualizado em: 14/11/2018 às 18:31
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quarta-feira (14), que não vai convidar a permanecerem no Brasil os médicos cubanos chamados de volta por Cuba de volta após o país caribenho decidir não cooperar mais com o programa Mais Médicos. Bolsonaro, no entanto, disse que concederia asilo aos profissionais que pedirem a partir de janeiro, quando ele toma posse.
“Não vou convidá-los não, jamais faria um acordo com Cuba nesses termos, isso é trabalho escravo, não é nem análogo à escravidão, não poderia compactuar com isso aí”, declarou o pesselista a jornalistas após o anúncio do diplomata Ernesto Araújo como ministro das Relações Exteriores.
Indagado sobre se concederia asilo aos que pedirem, contudo, Bolsonaro disse que sim. “Se eu for presidente e o cubano quiser pedir asilo aqui, vai ter”, afirmou.
“Temos que dar o asilo às pessoas que queiram, não podemos continuar ameaçando como foram ameaçados pelo governo passado”, completou.
“Se esses médicos fossem bons profissionais, estariam ocupando o quadro de médicos que atendiam o governo Dilma no passado e não é dessa forma. Vocês mesmos, eu duvido quem queira ser atendido pelos cubanos, porque não temos qualquer comprovação de que eles são médicos. Se fizer o Revalida, salário integral e poder trazer a família, eu topo continuar com o programa”, declarou.
Diante da resposta, Jair Bolsonaro foi questionado sobre se o programa seria encerrado.
“O programa não está suspenso, [médicos] de outros países podem vir para cá e a partir de janeiro nós pretendemos dar uma satisfação às populações que estão desassistidas”, disse.
Fonte: MSN
Foto: Marcelo Camargo/ABr