Economista liberal e neto de Roberto Campos presidirá Banco Central

Publicado em: 15/11/2018 às 14:00 | Atualizado em: 15/11/2018 às 14:00

O economista Roberto Campos Neto, executivo do banco Santander, foi indicado para comandar o Banco Central (BC) na gestão do presidente Jair Bolsonaro, a partir de janeiro do ano que vem.

A informação é da equipe de transição do governo eleito.

Nesta última semana, ele foi visto no centro de transição, em Brasília.

O indicado, conforme diz seu nome, é neto do economista Roberto Campos, expoente do pensamento liberal e defensor do Estado minimalista no país, tendo ocupado, entre outros cargos, o Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica no governo Castelo Branco.

Para poder assumir o BC, ele será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal e terá de ter seu nome aprovado.

Também precisará passar pelo crivo do plenário da Casa.

O presidente do Banco Central tem “status” de ministro. Deste modo, tem foro privilegiado.

Próximo a Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, a partir de 2019, Campos Neto é, atualmente, responsável pela tesouraria do banco Santander, segundo o blog da jornalista Julia Duailib.

 

Carreira

O analista, que tem 49 anos, é formado em Economia pela Universidade da Califórnia, com especialização em Economia com ênfase em Finanças, pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Ele trabalhou no Banco Bozano Simonsen de 1996 a 1999, onde ocupou os cargos de Operador de Derivativos de Juros e Câmbio (1996), Operador de Dívida Externa (1997), Operador da área de Bolsa de Valores (1998) e Executivo da Área de Renda Fixa Internacional (1999).

De 2000 a 2003, Campos Neto, segundo o perfil que consta no site do Santander, trabalhou como Chefe da área de Renda Fixa Internacional no Santander Brasil.

Em 2004, ocupou a posição de Gerente de Carteiras na Claritas. Ingressou no Santander Brasil em 2005 como Operador e em 2006 foi Chefe do Setor de Trading.

Em 2010, passou a ser responsável pela área de Proprietária de Tesouraria e Formador de Mercado Regional & Internacional.

 

Autonomia do Banco Central

A indicação do economista acontece em um momento no qual é debatida, no Legislativo, a autonomia formal para o Banco Central – com a fixação de mandatos para presidente e diretoria da instituição, não coincidentes com o presidente da República.

Atualmente, o BC uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda.

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Foto: Reprodução/Diário do Poder