O economista Roberto Campos Neto, executivo do banco Santander, foi indicado para comandar o Banco Central (BC) na gestão do presidente Jair Bolsonaro, a partir de janeiro do ano que vem.
A informação é da equipe de transição do governo eleito.
Nesta última semana, ele foi visto no centro de transição, em Brasília.
O indicado, conforme diz seu nome, é neto do economista Roberto Campos, expoente do pensamento liberal e defensor do Estado minimalista no país, tendo ocupado, entre outros cargos, o Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica no governo Castelo Branco.
Para poder assumir o BC , ele será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal e terá de ter seu nome aprovado.
Também precisará passar pelo crivo do plenário da Casa.
O presidente do Banco Central tem “status” de ministro. Deste modo, tem foro privilegiado.
Próximo a Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, a partir de 2019, Campos Neto é, atualmente, responsável pela tesouraria do banco Santander, segundo o blog da jornalista Julia Duailib.
Carreira
O analista, que tem 49 anos, é formado em Economia pela Universidade da Califórnia, com especialização em Economia com ênfase em Finanças, pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Ele trabalhou no Banco Bozano Simonsen de 1996 a 1999, onde ocupou os cargos de Operador de Derivativos de Juros e Câmbio (1996), Operador de Dívida Externa (1997), Operador da área de Bolsa de Valores (1998) e Executivo da Área de Renda Fixa Internacional (1999).
De 2000 a 2003, Campos Neto, segundo o perfil que consta no site do Santander, trabalhou como Chefe da área de Renda Fixa Internacional no Santander Brasil.
Em 2004, ocupou a posição de Gerente de Carteiras na Claritas. Ingressou no Santander Brasil em 2005 como Operador e em 2006 foi Chefe do Setor de Trading.
Em 2010, passou a ser responsável pela área de Proprietária de Tesouraria e Formador de Mercado Regional & Internacional.
Autonomia do Banco Central
A indicação do economista acontece em um momento no qual é debatida, no Legislativo, a autonomia formal para o Banco Central – com a fixação de mandatos para presidente e diretoria da instituição, não coincidentes com o presidente da República.
Atualmente, o BC uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda.
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Foto: Reprodução/Diário do Poder