Dos nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal, o Amazonas está entre os três que proporcionalmente registraram os menores aumentos nas taxas de desmatamento no período de agosto de 2017 até agosto de 2018 em relação ao igual período anterior.
Fica atrás apenas de Tocantins, onde não houve desmatamento observado, e do Amapá, que teve redução na área total com desflorestamento.
A afirmação é feita com base na variação da taxa de desmatamento por Estado da Amazônia Legal no período analisado pela Nota Conjunta assinada pelos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Recorde negativo
De acordo com a distribuição da taxa de desmatamento por estado, considerando a variação percentual, o Acre teve um crescimento de 82,9% de aumento no total desmatado de seu território, seguido de Roraima, que cresceu 33,3% a área desmatada, Pará com 16,7%, Mato Grosso com 12%, Maranhão com 6% e Rondônia com 5,7%. O Amazonas aparece em sétimo com 4,4%, atrás do Tocantins onde não houve desmatamento observado e Amapá, que teve redução na área total com desflorestamento.
Contudo, o levantamento geral mostra que no último ano, 7.900 quilômetros quadrados de floresta amazônica foram destruídos. O aumento foi de 13,7%, em um ano. Um recorde negativo.
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Preocupa
O secretário de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) e presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Marcelo Dutra, considera os números muito altos, preocupantes e diz que precisam ser coibidos.
“Com os instrumentos de licenciamento mais próximos, mais ágeis e mais transparentes, o uso do solo vai garantir economia mais forte e mais segura, assegurando a manutenção do meio ambiente como fonte do equilíbrio climático, da manutenção dos recursos hídricos e da biodiversidade, que são vitais ao agronegócio, à geração de polos econômicos, de proteção ambiental e a toda a vida no planeta”, assegura Dutra.
Combate
O Governo do Amazonas, por intermédio do Ipaam realizou mais de 15 operações no Sul do Estado entre junho e outubro deste ano, período de registro de desmatamento e queimadas na região conhecida como “Arco do Fogo”, que compreende a região entre Apuí e Boca do Acre. Foram investidos em torno de R$ 2 milhões e aplicados R$ 9 milhões em multas por crimes de desmatamento e queimadas ilegais.
Dutra lembrou que, em março deste ano, o Governo iniciou a projeto Amazonas Legal, a maior campanha de regularização ambiental do Estado, que atendeu mais de 860 empreendedores de atividade de baixo carbono em Apuí. A ação recolocou a cidade no ranking das “Cidades Sustentáveis” do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em agosto.
Outro ação na política da gestão ambiental foi a construção dos Centros Multifuncional “Casa do Produtor” que vão descentralizar os serviços de licenciamento, ordenamento territorial, e regularização ambiental e fundiária.
Parintins recebeu o primeiro centro no dia 29 de junho deste ano e Humaitá em agosto. Neste mês de novembro, estão previstas as entregas dos Centros Multifuncionais de Apuí e Boca do Acre.
Foto: Reprodução/Internet