Por Neuton Corrêa , da redação
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quarta-feira, dia 12, em Brasília, ao deputado federal Átila Lins (PP) que promoverá uma profunda reforma no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para conter abusos cometidos pelo órgão.
O futuro presidente da República fez o comentário após receber das mãos do parlamentar uma carta dos superintendentes do Ibama da região Norte, na qual relatam equívocos e exageros no cumprimento da legislação ambiental, que o deputado considerou “verdadeiros absurdos e atrocidades”.
Átila foi um dos quatro parlamentares do PP, terceira maior bancada eleita para a Câmara dos Deputados, no encontro do bloco partidário, formado por 37 integrantes, com Bolsobaro na tarde de hoje.
Na ocasião, o parlamentar amazonense relatou o fechamento de dez serrarias no distrito do Matupi, no Sul do Amazonas, determinado pelo órgão, causando prejuízo à economia da região.
Além disso, Átila Lins pediu que Bolsonaro empenhe esforços para a conclusão das obras da BR-319 e provocou o presidente, dizendo:
“Os órgãos ambientais cederam à pressão internacional, nos deixaram isolados. Hoje, estamos ligados à Venezuela do Maduro, mas não podemos chegar à vizinha cidade de Porto Velho, porque a estrada está destruída”, cutucou.
O deputado federal pediu ainda que o capitão mantenha as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus (ZFM) e lembrou um episódio recente envolvendo eles ao tema:
“Quando eu estava relatando e defendendo a prorrogação da Zona Franca de Manaus, presidente, o senhor passou na frente da tribuna e pediu que eu lembrasse que o modelo havia sido criado pelo regime de 1964. Eu fiz isso e hoje peço que o senhor não esqueça da importância da ZFM para o Amazonas”, disse.
Átila Lins acrescentou ainda:
“Apesar das controvérsias, presidente, a Zona Franca de Manaus tem permitido que o Amazonas tenha se estabelecido nesse contexto do confronto do desenvolvimento com a preservação da Amazônia, no qual o nosso estado não pode nem plantar soja nem ter ligação rodoviária”, acrescentou.
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