O governador Amazonino Mendes (PDT) se despediu da vida pública nesta sexta, dia 21, a dez dias de encerrar seu quarto mandato como chefe do Executivo. Recheada de emoção, em reunião com sua equipe de governo, ele fez reverências e homenagens ao seu pai político, o falecido governador Gilberto Mestrinho.
“Me despeço da vida pública para lembrar a figura imorredoura daquele que foi o meu guia, meu pai político , minha figura inspiradora. Quero chamar seu primogênito homenageando o inesquecível Gilberto Mestrinho. Espero ter honrado o nome do inesquecível Gilberto Mestrinho, um homem tão extraordinário, que no momento da sua passagem, lembro-me, nunca minha alma foi tão ferida quando eu via seu corpo inerte velado no Palácio Rio Negro. Eu enxergava ali não a queda de um homem, mas a queda do meu próprio estado”, discursou o emocionado Amazonino.
Ele tinha ao lado João Thomé Mestrinho, filho do falecido governador e secretário de Amazonino.
“Gilberto Mestrinho era um homem sério, digno, repleto de amor à causa pública, um homem que embora tenha sido extremamente vitorioso, é injustiçado. O Amazonas nunca deveria parar de lhe render homenagens”, disse o governador.
“Saímos de cabeça erguida de um governo histórico”
Quanto ao seu último mandato na vida pública, de apenas um ano e poucos meses, para complementar o governo que começou em 2015 com José Melo (Pros), que cassado pela Justiça Eleitoral foi exercido interinamente pelo presidente da Assembleia Legislativa, David Almeida (PSB), Amazonino dirigiu palavras de agradecimento aos secretários e servidores.
Para o velho político, sua gestão foi uma soma de esforços de todos pela reconstrução do estado, que estava em situação pré-falimentar. “Fizemos um governo histórico”, disse.
“Vocês fizeram parte do momento mais importante da história nosso estado, dos últimos tempos, que foi exatamente este ano de 2018, que foi o ano de recuperação do estado do Amazonas. Vocês todos estão de parabéns, independentemente do meu ato de gratidão, eu acho que o estado do Amazonas deve muito a vocês”, afirmou.
Acrescentou Amazonino que cada gestor sai de cabeça erguida do governo. “Nós todos estamos, regozijados, tranquilos, com a alma clara e serena, neste país conturbado, neste país onde ser político é sinônimo de falcatrua, de desonestidade, de indignidade. Nós saímos todos, sem exceção, de cabeça erguida deste governo”.
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