Tragédia de Nova Olinda, o relato de uma sobrevivente

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 13/03/2017 às 19:38 | Atualizado em: 13/03/2017 às 20:13
Machucada. No corpo e na alma. Assim é o estado de Silvana Vieira da Cunha, de 45 anos, sobrevivente do naufrágio da lancha Luiz Arthur, no rio Madeira. “Pesadelo não sai da minha cabeça”.
Internada no hospital Dr. Galo Peñaranda, em Nova Olinda, ela contou ao BNC como aconteceu a tragédia, acrescentando detalhes que podem ser importantes para as investigações da ocorrência.
O motor da lancha já vinha apresentando problemas, segundo conta d. Silvana. E na hora que aconteceu o choque com a balsa do cais do porto, quem tentava consertar a pane era um passageiro.
Chovia bastante naquela manhã do dia 9, uma quinta, e a visibilidade era zero. A ponto de ninguém perceber que a lancha se aproximava perigosamente da balsa.
O choque foi frontal, fazendo o expresso recuar e adernar, vindo a ser empurrada pela correnteza para baixo do cais do porto, para submergir do outro lado da balsa flutuante, com os sobreviventes em pânico, gritando por socorro enquanto eram arrastados pelas águas.
A embarcação saiu do porto da vila do Rosarinho, no município de Autazes, parou em Nova Olinda do Norte para apanhar e deixar passageiros e tentar consertar a máquina. O destino era a cidade de Borba, umas duas horas de viagem subindo o rio.
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Colaboração: morador de Nova Olinda, Eliézia Miranda e Paulo Henrique Nunes
Foto: BNC