Nomeado sem apoio da bancada parlamentar federal do Amazonas, o novo superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), coronel reformado do Exército Alfredo Menezes, comentou hoje, dia 18, o que pensa sobre o assunto.
Para ele, essa indicação teria que partir da bancada de todos os estados que estão no campo de atuação da autarquia: Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia e Amapá. E não somente do Amazonas, onde está sediada a Suframa.
“No meu ponto de vista, essa indicação política, se a gente fosse colocar nesse sentido, no meu entendimento, seria da bancada dos cinco estados, não só do Amazonas. Então, quando se fala de apoio da bancada política, eu fico preocupado da maneira que você coloca por causa disso”.
O comentário foi feito em entrevista ao jornalista Ronaldo Tiradentes no programa “Manhã de Notícias”, da Rede Tiradentes.
Trinta dias para posse
Quanto à sua posse como superintendente da autarquia, Menezes revelou que ainda não tem uma data marcada, e que tem 30 dias para isso.
A fala de Menezes é em relação ao mal-estar que sua nomeação causou a parlamentares amazonenses, que historicamente sempre fizeram indicação do superintendente.
“Não sei se é pelo fato de estar quebrando o status quo de que, geralmente, essa indicação é de alguém daqui”, disse ele.
Em outro trecho da entrevista, visivelmente irritado com informação publicada pelo BNC Amazonas , de que sua cabeça fora colocada na bandeja, no fim de semana que passou, antes mesmo de sua posse, Menezes pediu que Ronaldo cobrasse as explicações do autor da informação.
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Interessados em “terceiro turno”
Depois, reconheceu que houve interesses contrariados, pediu respeito e acrescentou que sua nomeação ocorreu em processo político.
“Isso aí você cobra do seu articulista, né cara!?. Você tem que cobrar dele essa situação. Eu não vi nem ouvi nenhuma manifestação nesse sentido. Ele que deu a declaração, ele que seja responsável por justificá-la. Eu recebi essa nomeação do presidente [da República, Jair Bolsonaro]. Houve todo um processo político. Com certeza há força de algumas pessoas. Não sei… também tiveram os interesses colocados de lado, mas eu acho uma palavra que nós temos que utilizar nesse momento é respeito”.
Para o superintendente, essa parte sobre apoio parlamentar para o cargo, é “terceiro turno”.
Menezes também negou que tenha sido escalado pelo presidente Bolsonaro ao cargo para fazer um desmonte da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Veja a entrevista, na íntegra
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Foto: Reprodução/TV Diário