Refinaria de Manaus pode entrar no pacote de venda da Petrobrás

As unidades não foram citadas nominalmente, mas o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, disse que neste semestre ainda o governo vai lançar um pacote de privatização das bases de refino de petróleo, na qual se inclui a Refinaria de Manaus (Reman).

Castello Branco disse que vai ficar “muito satisfeito” quando conseguir equiparar o endividamento da Petrobrás à sua geração de caixa e ao patamar de suas concorrentes. Para isso, pretende acelerar a venda de ativos.

Além das refinarias, a empresa anunciou a venda de campos maduros e em águas rasas. Quer ainda se desfazer de algumas usinas termoelétricas.

Essa possibilidade de a Reman ser incluída baseia-se na informação de que o pacote de venda vai ser mais agressivo do que o proposto pelo ex-presidente da estatal Pedro Parente. Nele estavam quatro refinarias, das regiões Nordeste e Sul.

Castello Branco planeja vender mais da metade da capacidade da Petrobrás na área de refino, “incluindo até 100% de algumas unidades, desde que isso não signifique a formação de monopólios privados regionais”.

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Lucro x prejuízo

Privatizar refinarias fez parte das considerações do presidente da empresa ao anunciar que a Petrobrás teve lucro de R$ 25,8 bilhões em 2018, o primeiro desde os escândalos apurados na operação Lava Jato.

O resultado não satisfez o executivo da estatal, que disse que ele equivale a um prejuízo, já que não remunera o capital investido pelos acionistas.

“Apresentamos lucro contábil, e contabilidade não dita decisões econômicas. No momento, apesar de pagar dividendos, na prática, não estamos conseguindo cumprir com nosso dever (de dar retorno)”, afirmou Castello Branco.

Analistas de mercado veem com otimismo a venda de ativos da estatal.

Texto organizado por Aguinaldo Rodrigues, da Redação BNC, em publicação do Notícias ao Minuto.