A juíza federal Gabriela Hardt, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caiu na suspeita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por supostamente usar perfil dela para atacar o Poder Judiciário.
A Justiça Federal em Curitiba, no entanto, respondeu que a conta não pertence à magistrada. As informações são da Agência Brasil .
O corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins , havia pedido, nessa sexta-feira (15), que a Gabriela Hardt esclarecesse se tem conhecimento da existência de um perfil no Twitter chamado “Juíza Sincera”.
Martins também quer saber se a magistrada tomou “alguma providência para evitar a continuidade de tal prática”.
Segundo o corregedor, responsável por investigações contra magistrados no CNJ, o objetivo do procedimento é esclarecer a situação para cidadãos, que “poderiam ser induzidos a acreditar que as postagens refletem posicionamento oficial de integrante da magistratura, o que é especialmente preocupante em uma época tão pródiga em disseminação de notícias falsas”.
A postagem que motivou o pedido de informações foi feita, nessa sexta-feira, após o julgamento no qual o STF estabeleceu a competência da Justiça Eleitoral para julgar crimes comuns conexos, com corrupção e lavagem de dinheiro, investigados na Operação Lava Jato.
Na mesma sessão, o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, abriu inquérito para apurar notícias falsas (fake news) que tenham os ministros como alvo.
Foram publicadas as seguintes mensagens: “Galera, que tal um movimento popular, pedindo impeachment de todos os ministros do STF, vc topa” e “Urgente: o STF trabalha nos bastidores para tirar Lula da prisão”, além de “O STF acaba de enterrar a Lava Jato por 6 votos a 5”.
Na descrição do perfil no Twitter, o responsável afirma que a conta da rede social é dedicada aos fãs da juíza Gabriela Hardt e que não tem qualquer vínculo com ela.
A juíza comandou a 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba após a saída do juiz Sergio Moro, que assumiu o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Durante o período, Gabriela Hardt condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão na ação penal sobre as reformas realizadas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, São Paulo.
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