“O estado aprendeu pouco com a Maus Caminhos”, diz controlador

Por Neuton Corrêa, da Redação

Passados quase dois anos da Operação Maus Caminhos, que prendeu ex-secretários de Estado e o ex-governador José Melo (Pros) e descobriu um esquema corrupção que desviava recursos da saúde do Amazonas, o controlador-geral do Estado, Alessandro Moreira Silva, diz:

“O meu sentimento é que o estado, passado quase dois anos da operação, aprendeu pouco e devolveu pouco à sociedade”.

Moreira, um dos técnicos mais respeitados do governo, havia acabado de ser chamado por Melo para atuar na CGE, quando ele foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De volta ao cargo, na gestão Wilson Lima (PSC), concedeu ontem entrevista ao BNC AMAZONAS e comentou que, daquele “momento doloroso” o estado não tirou lição nem sequer em “nível de transparência”.

“Nós precisamos devolver muito mais à sociedade a nível de austeridade, a nível de controle, a nível de transparência, a nível de aproximar a sociedade das nossas responsabilidades”.

Tirando a Controladoria-Geral do Estado (CGE) do acanhamento que viveu desde a criação do órgão há mais 15 anos, na entrevista, Alessandro faz críticas ao atual Portal de Transparência do Governo.

“O nosso Portal da Transparência é um portal rico em dados e pobre em informação. Há muitos dados disponíveis, mas muito complexo para quem não entende do setor público”.

Nessa entrevista ao site, Alessandro Moreira fala também dos trabalhos que vem desenvolvendo à frente da pasta, anuncia concurso público para a formação do quadro efetivo da CGE, criação do cargo e carreira de auditor de controladoria e da volta da Comissão de Ética.

Aborda ainda as medidas que estão sendo preparadas com a ajuda da CGE para o anúncio do ajuste fiscal do governo e da missão da Controladoria para ajudar o Executivo a dar eficiência em seus gastos.

Assista à entrevista concedida pelo chefe da CGE ao diretor do BNC AMAZONAS, Neuton Corrêa:

Foto e vídeo: BNC AMAZONAS