Cai o segundo ministro de Bolsonaro, Ricardo Vélez, da Educação

Publicado em: 27/03/2019 às 21:22 | Atualizado em: 27/03/2019 às 21:44
Metido em confusão desde que foi indicado para o cargo, o teólogo e filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez foi demitido há pouco pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
A informação foi dada em primeira mão pela jornalista Eliane Cantanhêde, na Globo News, e reafirmada por ela em seu Twitter.
O primeiro ministro do atual governo foi Gustavo Bebibianno (PSL), exonerado do cargo em bate-boca com o presidente Bolsonaro.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, dia 3, o agora ex-ministro Vélez Rodriguez disse que não tinha disposição de deixar o cargo.
“O cargo é um abacaxi do tamanho de um bonde. Mas topei o convite porque quero devolver ao meu País o que ele fez por mim”.
Em fevereiro, enviou a escolas públicas e privadas do Brasil um email do ministro pedindo que as instituições filmem com o celular o momento da execução do hino nacional e enviem para o governo.
O e-mail continha, ainda, uma carta, que deveria ser lida aos alunos no primeiro dia de aula.
“Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração”, dizia um trecho da carta, que finalizava com o bordão do presidente da República, Jair Bolsonaro: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.
Ainda no e-mail em que a carta foi enviada, pedia-se também que, após a sua leitura, professores, alunos e demais funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional.
Ricardo Vélez foi demitido envolvido em uma confusão que resultou em 17 exonerações, com a dele.
Nesta quarta-feira, dia 27, o ex-ministro foi chamado de limitado por Marcus Vinicius Rodrigues, ex-presidente do Inep, que também perdeu o cargo nesta semana.
Fotos: Gaby Faria/MEC