Bancada quer Bolsonaro assumindo compromissos com o Amazonas

Por Iram Alfaia, de Brasília

Os parlamentares da bancada do Amazonas no Congresso Nacional querem que o presidente da República, Jair Bolsonaro, assuma compromissos com o desenvolvimento da economia local.

Com o foco nos problemas sobre a falta de competitividade do setor de concentrados de refrigerantes da Zona Franca de Manaus (ZFM), deputados e senadores vão apresentar ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), uma pauta mínima na audiência desta quinta-feira, dia 11, no Palácio do Planalto.

Entre os assuntos estão o asfaltamento da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho (RO), os aeroportos no interior, a construção de um porto público e o programa de internet para o interior.

O assunto foi debatido na reunião da bancada nesta quarta-feira, dia 10, na sala da liderança do PSL no Senado.

Estiveram presentes os senadores Omar Aziz (PSD), coordenador da bancada, Eduardo Braga (MDB), Plínio Valério (PSDB) e os deputados Bosco Saraiva (SD), Capitão Alberto Neto (PRB), José Ricardo (PT) e Sidney Leite (PSD).

Sobre os resultados esperados do encontro, o coordenador da bancada diz que os parlamentares vão cumprir o seu papel. “É conversar com o presidente e fazer com que ele assuma compromissos, a partir (do compromisso) você pode cobrar”, afirmou Omar Aziz.

“Se vamos conseguir ou não só o tempo vai dizer”, completou o coordenador, que especificamente na questão dos concentrados quer ao menos um meio termo. “O problema hoje não é só a questão da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). É o não reconhecimento do crédito”.

No final do mês de junho a alíquota do IPI na produção de concentrados usados na fabricação de refrigerantes vai cair de 12% para 8% e, no final de dezembro, para apenas 4%, o que na prática inviabiliza o setor no Amazonas.

Os créditos que são gerados na apuração do IPI não estão sendo reconhecidos pela Receita Federal para as empresas.

No caso da pavimentação da BR-319, Aziz diz que o governo Bolsonaro foi o único que sinalizou favorável à obra.

“Eu não lembro de uma sinalização feita pelos ex-presidentes FHC (Fernando Henrique Cardoso), Lula e Dilma. Nós não conseguíamos nem conversar, eram sempre questões ambientais. Agora há perspectiva por parte desse novo governo que a gente consiga isso”, disse.

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