“Centrão” ignora manifestações e diz que ideia é do grupo de Bolsonaro

Publicado em: 27/05/2019 às 13:53 | Atualizado em: 27/05/2019 às 13:53

As principais lideranças do Congresso Nacional decidiram ignorar as reivindicações dos movimentos de direita que foram às ruas nesse domingo dia 26. Para esses “caciques” partidários, foi o “núcleo duro” do presidente Jair Bolsonaro (PSL) quem estimulou as manifestações de domingo a favor do governo, às reformas e contra o chamado “Centrão”. As informações são do blog da jornalista Andréia Sadi, do G1.

Fazem parte do Centrão o PP, PRB, PR, DEM e Solidariedade -, em concordância com os autointitulados partidos de Centro Democrático – MDB, PSDB e PSD.

De acordo com o blog, a ordem dos principais caciques partidários – incluindo a cúpula do Congresso – é ignorar e evitar responder às manifestações, além de não retaliar com a aprovação de medidas contrárias ao governo.

A estratégia traçada, segundo o blog, é focar na agenda das medidas provisórias nesta semana (na foto, o presidente Bolsonaro e dois integrantes do nucelo duro do governo – vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro Onyx Lorenzoni).

As medidas mais delicadas – que, se não forem votadas – caducarão (perderão a validade) são as 871 e 868.

A 871 cria uma nova estrutura com objetivo de promover um pente-fino nos benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além de combater fraudes em aposentadorias e pensões.

A 868 altera o marco legal do saneamento. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentará um acordo até esta terça-feira, dia 27, para votar a MP do Saneamento.

Se não houver consenso, destaca o blog de Andréia, deputados já discutem um projeto de lei com urgência para o tema.

Uma medida provisória tem força de lei quando publicada no “Diário Oficial da União”, mas precisa ser votada em 120 dias no Congresso, caso contrário, perde a validade.

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Foto: Agência Brasil