Simonal no cinema, a ascensão e queda de um delator na ditadura

Publicado em: 03/08/2019 às 21:09 | Atualizado em: 03/08/2019 às 21:09

O cantor Wilson Simonal está de volta o cenário político, desta vez com cinebiografia de sua vida de astro da música popular brasileira no período da ditadura ou regime militar (1964-1985). Ele viveu o auge da carreira artística à decadência meteórica por motivação política. A reportagem está publicada no portal G1 e traz depoimento de atores da produção.

“Quantos como ele você vê hoje? Nenhum. Não há, na história, alguém que tenha chegado aonde ele chegou. Ninguém ocupou esse lugar”, diz Fabricio Boliveira (na foto com Ísis Valverde), que revive a trajetória do cantor no filme “Simonal”. A estreia é na próxima quinta-feira (8).

No auge da carreira, nos anos 1960, recapitula G1, Wilson Simonal esteve à frente de um programa de TV de sucesso, assinou um contrato publicitário sem precedentes no Brasil e criou uma empresa para gerenciar a própria carreira.

Em seu ponto mais crucial, a trama retrata o episódio de 1971, em que Simonal é acusado de usar agentes do DOPS, o órgão de repressão da ditadura militar no Brasil, para sequestrar e ameaçar seu ex-contador.

Ainda a publicação do G1, a repercussão do caso levou o cantor de “Meu limão, meu limoeiro” a ser citado como colaborador do regime pela imprensa na época.

Com fama de dedo-duro, amargou anos de ostracismo e rejeição, regados a problemas com álcool.

 

O verdadeiro Wilson Simonal (1938-2000)
Foto: Divulgação

 

Simonal acabou pagando caro demais pelos erros por causa do racismo, avalia Boliveira.

“Mataram esse mito, essa referência dele para a gente”, diz. “Essas coisas não mudaram, continuam acontecendo ainda hoje”.

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