Ex-ministros do PT são alvo de nova fase da operação Lava Jato

Neuto Segundo
Publicado em: 21/08/2019 às 11:26 | Atualizado em: 21/08/2019 às 11:26
A Polícia Federal realizou hoje, dia 21, a 63ª fase da operação Lava Jato, denominada Carbonara Chimica. A investigação indica que o grupo Odebrecht fazia pagamento de propina periódica a dois ex-ministros da Fazenda nos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.
Os valores eram contabilizados em uma planilha denominada “Programa Especial Italiano”. Os investigados eram identificados como “Italiano” e “Pós-Itália”.
Os nomes se referem, segundo investigadores, a Antonio Palocci e Guido Mantega, ex-ministros que atuaram em governos petistas.
Com a propina, eram aprovadas medidas provisórias, como um refinanciamento de dívidas fiscais que permitiria a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento.
Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão. Os policiais também cumpriram dois mandados de busca e apreensão na Bahia.
Os presos serão levados para a sede da Polícia Federal em São Paulo e, posteriormente, para a superintendência do Paraná, onde serão interrogados.
Segundo a PF, há indicativos de que parte dos valores indevidos teria sido entregue a um casal de publicitários como forma de dissimulação da origem do dinheiro.
Os mandados foram expedidos pela 13ª. Vara Federal de Curitiba.
Foi determinada ordem judicial de bloqueio de ativos financeiros dos investigados, no valor de R$ 555 milhões.
Fonte: Agência Brasil
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