Posts em redes sociais derrubam presidente de fundação afro-brasileira

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 12/12/2019 às 09:02 | Atualizado em: 12/12/2019 às 09:18
Após determinação de um juiz federal do Ceará, o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), suspendeu a nomeação do jornalista Sérgio Nascimento de Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares, órgão de promoção da cultura afro-brasileira.
A suspensão foi publicada em edição extra do diário oficial da União de ontem, dia 11, em portaria do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
A nomeação de Camargo para a presidência da Fundação Palmares ocorreu no fim de novembro, e causou uma onda de reações.
O motivo é uma série de publicações, nas redes sociais, em que o jornalista relativiza temas como a escravidão e o racismo no Brasil.
Em uma delas, ele classificou o racismo no Brasil como “nutella”. “Racismo real existe nos Estados Unidos. A negrada daqui reclama porque é imbecil e desinformada pela esquerda”, afirmou.
Sobre o Dia da Consciência Negra, Camargo afirmou que o “feriado precisa ser abolido nacionalmente por decreto presidencial”. Ele disse que a data “causa incalculáveis perdas à economia do país, em nome de um falso herói dos negros (Zumbi dos Palmares, que escravizava negros) e de uma agenda política que alimenta o revanchismo histórico e doutrina o negro no vitimismo”.
Confira outros posts polêmicos de Camargo na publicação do G1.
Foto: Reprodução/TV SBT