Fenaj diz que 58% dos ataques a jornalistas são atribuídos a Bolsonaro
Relatório diz que cinco dos ataques do presidente foram agressões verbais diretas a jornalistas durante entrevistas.
Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 16/01/2020 às 17:21 | Atualizado em: 16/01/2020 às 17:21
Casos de violência contra jornalistas brasileiros e veículos de comunicação cresceram 54,07 em 2019, comparados com 2018. Foram 208 casos contra 135 no período. É o que consta no relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Entre os 208 registros, 114 foram de “descredibilização” da imprensa e 94 de agressões diretas a profissionais.
O documento, ‘Relatório da Violência contra Jornalistas e liberdade de imprensa’, é anual e foi divulgado nesta quinta-feira (16), no Sindicato dos Jornalistas, no Rio de Janeiro (na foto, a presidente da Fenaj, Maria José Braga).
Segundo o levantamento publicado pelo G1 e pelo Jornal Hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi responsável – sozinho – por 121 desses ataques (58,17%).
O relatório diz que cinco dos ataques do presidente foram agressões verbais diretas a jornalistas durante entrevistas que não foram reproduzidas no site do Palácio do Planalto.
O levantamento incluiu, este ano, a descredibilização da imprensa, que é uma tentativa de questionar a credibilidade da informação.
O item foi criado por causa dos ataques sistemáticos à imprensa e aos jornalistas feitos por Bolsonaro – foram 114 casos.
O relatório anual teve como base discursos e entrevistas oficiais do presidente entre janeiro e dezembro de 2019.
A Fenaj também monitorou as postagens de Jair Bolsonaro nas redes sociais.
A produção do Jornal Hoje procurou o Palácio do Planalto para comentar o relatório, mas não obteve retorno até então.
Foto: Fenaj
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