Sindicatos garantem greves para barrar venda de refinarias da Petrobrás
Esforços serão concentrados na oposição à venda de oito refinarias, inclusive na Justiça

Mariane Veiga
Publicado em: 22/01/2020 às 10:21 | Atualizado em: 22/01/2020 às 10:22
O ex-conselheiro da Petrobrás e diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse ao Estadão que os sindicatos farão neste ano quantas greves forem necessárias para barrar a venda de ativos da Petrobrás.
De acordo ele, a primeira paralisação deve sair em fevereiro, por conta do fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), anunciado neste mês. Em seguida, vão concentrar esforços na oposição à venda de oito refinarias, inclusive na Justiça.
O Estadão destaca que a Petrobrás planeja se desfazer de um grupo de concessões marítimas e terrestres, ativos no Uruguai e Argentina, subsidiárias de biocombustíveis, térmicas e uma fatia remanescente na rede de gasoduto TAG.
Segundo Bacellar, não falta apoio contra as privatizações por parte dos empregados, que, após a reforma trabalhista, passaram a financiar ainda mais os sindicatos.
Perguntado sobre um ambiente para nova greve, pois no fim do ano os petroleiros paralisaram e foram obrigados a suspender o ato por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o representante da FUP garantiu que tem espaço sim.
“Estamos falando do descumprimento do acordo coletivo de trabalho, a começar por esse processo arbitrário de demissão de cerca de mil pessoas na Fafen. Entendemos que o TST vai ratificar esse exercício de greve, que precisa ser respeitado.”
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Foto: Petrobrás/Divulgação