Aguinaldo Rodrigues , da Redação
Informação que o novo executivo da marca indiana Royal Enfield para as Américas, Rod Copes, compartilhou com o G1 em agosto de 2019 é agora confirmada pelo jornalista Beto Kahena, de O Globo.
As potentes motocicletas vão ganhar uma linha de montagem no setor de duas rodas do polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) até o próximo ano.
Segundo o jornalista, que rodou pelo menos 400 quilômetros em São Paulo com os modelos Interceptor 650 e Continental GT 650, em recente lançamento das motocicletas no Brasil, os estudos para a instalação da Royal Enfield no polo industrial do Amazonas já estão em andamento.
O diretor-geral da empresa no Brasil, Cláudio Giusti, também havia confirmado em 2019 esses planos da empresa:
“A subsidiária brasileira tem sido uma das grandes apostas da marca nos últimos anos, por isso estamos abrindo concessionárias em novas praças e estudando a possibilidade de iniciar, futuramente, uma operação CKD [montagem de motos] local”.
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Planos e preços
Nos planos da Royal Enfield está a conquista de pelo menos 5% do mercado brasileiro de motos médias, com os modelos Classic e Bullet.
“Queremos ter uma dezena, talvez 12 motos na linha dentro de cinco anos”, disse Copes.
Antes da chegada da Interceptor e Continental, a marca trabalhava no Brasil com os modelos Classic 500, Bullet 500, Continental GT 500 e Himalayan. No ano passado, a montadora também apresentou um conceito: a KX, que pode dar origem a futuros modelos da marca.
Os modelos continuarão atuando no segmento de média cilindrada, que para a Royal Enfield vai de 250 a 750 cc.
Só um aviso antecipado é dado pela famosa marca: a produção das motos na ZFM não deve derrubar os preços, que hoje são “os menores possíveis”, dizem os dirigentes.
Concessionária que será inaugurada no Rio de Janeiro neste mês de fevereiro deve vender o modelo Interceptor de R$ 25 mil a R$ 27 mil. A moto Continental fica de R$ 26 mil a R$ 28 mil.
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Modelo elétrico
Em outra frente, a empresa também trabalha no desenvolvimento de uma moto elétrica, mas ainda em estágio inicial.
“A indústria está caminhando nesse sentido, e precisamos ser parte disso. Mas ainda estamos buscando descobrir como uma Royal Enfield elétrica deve ser”, disse Copes.
O executivo também não disse se esse tipo de moto será produzida na unidade de Manaus.
Leia mais sobre a Royal Enfield no portal de O Globo e no G1/AutoEsporte .
Foto: Divulgação/site Royal Enfield