Bolsonaro enfraquece ações do ICMbio em unidades de conservação

Bolsonaro assinou decreto, publicado na quarta-feira, 12, no Diário Oficial da União, reduzindo consideravelmente o número de cargos de chefia das unidades

Bolsonaro enfraquece ICMBio

Publicado em: 13/02/2020 às 13:55 | Atualizado em: 13/02/2020 às 13:55

Decreto presidencial publicado na quarta-feira, 12, no Diário Oficial da União reduziu consideravelmente o número de cargos de chefia das unidades de conservação sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

Foram extintos 42 postos de chefia, o que, segundo servidores do ICMbio ouvidos pelo blog, demonstra o enfraquecimento da agenda ambiental e a falta de priorização do setor por parte do governo do presidente Jair Bolsonaro.

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Atualmente, há 334 unidades de conservação no Brasil, já administradas por meio de núcleos de gestões integradas.

Nesse modelo, um mesmo gestor já cuidava de duas unidades. No entanto, com a redução desses cargos, cada chefe passará a estar à frente de até seis unidades de conservação.

“Há ainda 11 coordenações regionais, que se relacionavam com todas as unidades de conservação, distribuídas pelo Brasil. Criaram cinco gerências em substituição a 11 coordenações. Com isso, há menos setores cuidando de um maior volume de unidades”, explicou um servidor do ICMbio.

Os postos passaram, contudo, a ser mais bem renumerados. Onze DAS 3 (tipo de cargo) foram substituídos por cinco DAS 4, graduação na carreira pública mais bem remunerada.

G1 entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente, órgão do governo ao qual o ICMBio está vinculado, para obter um posicionamento da pasta sobre o decreto e aguardava uma resposta até a última atualização deste post.

 

Remanejamento de servidores

 

Houve ainda o remanejamento de servidores do ICMbio para a Secretaria de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

Ao todo, 48 cargos ligados à área ambiental serão transferidos para a área econômica. Em contrapartida, 19 profissionais do Ministério da Economia passarão a atuar no instituto.

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Foto: Divulgação/ICMBio