MAP segue com mais da metade de frota de aviões parada

A grande quantidade de aeronaves paradas é um dos problemas enfrentados pela MAP

Gol compra MAP, que atende o interior do AM, por R$ 28 milhões

Ferreira Gabriel

Publicado em: 09/03/2020 às 09:32 | Atualizado em: 09/03/2020 às 12:27

A empresa amazonense MAP Linhas Aéreas segue enfrentando desafios que prejudicam sua malha aérea e a ampliação de operações no norte do país. Esta foi comprada pela Passaredo, quando se tornou parte da VoePass.

A princípio, a grande quantidade de aeronaves paradas é um desses problemas.

Do mesmo modo, em dezembro passado foi levantado por deputados representantes da região Bacia Amazônica, que a Map tinha abandonado a região. Neste caso, devido a compra pela Passaredo.

Na mesma época, a empresa tinha prometido restaurar sua malha no norte.

Neste período, também afirmou que tudo estaria normalizado até o dia 20 de março. Com 12 dias para encerrar o prazo, nada disso aconteceu.

 

Reclamações por cancelamento

No dia 4 de março a empresa completou sete anos. Dessa maneira, celebrou a data com postagem no Facebook. Nesta existem alguns comentários sobre cancelamentos, principalmente na hora do embarque.

Por outro lado, existem diversos pedidos na página de reclamações da empresa. Da mesma forma, foi encontrada no link Reclame Aqui questão voltada a cancelamentos de voos.

Segundo dados da ANAC, ficou revelado um percentual de cancelamentos ou atrasos superiores a 30 minutos.

Nestes números em janeiro de 2020 chegou-se a 21% de cancelamentos. Ao mesmo tempo, os atrasos superiores a 30 minutos sobem para quase 30%.

 

Problemas na frota

Pouso

Mais da metade da frota está parada por irregularidades relacionadas às inspeções obrigatórias de manutenção. Dessa maneira, a empresa conta com seis aeronaves turboélice ATR.

Logo, começando pelos menores, apenas um está em situação regular para voos. Por outro lado, outros não podem voar segundo os registros da ANAC.

Em junho do ano passado, um dos aviões da Map fez pouso de emergência por problemas técnicos. Desde então, ele está parado na capital do Amazonas.

Investigação do MPAM

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por intermédio da 1ª Promotoria de Parintins, instaurou Inquérito Civil.

Este visa investigar suposta prática abusiva da empresa MAP Linhas Aéreas. Dessa forma, o procedimento vai abordar sobre os cancelamentos dos voos de chegada e de partida da cidade de Parintins (AM).

Segundo a promotora de Justiça, para instaurar o processo foi considerado que o transporte aéreo é serviço essencial. E a partir disso, as concessionárias de serviço público enquadram-se no conceito de fornecedor. Este caso “à luz do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor”.

Ainda de acordo com o MP-AM, foi declarado que a companhia área está “fazendo-o por seu alvitre e sem prestar informação clara ao consumidor”.

Dessa forma, pode-se configurar a adoção de prática coercitiva ou abusiva. Os casos afetam não somente a consumidores que compraram bilhetes, mas “também viola o direito da coletividade de ter a segurança da continuidade do serviço aéreo”.

 

Notificação de cancelamento

Desta forma, a promotora de Justiça determinou que a empresa deverá informar o motivo de cada cancelamento de voo. E isto a contar a partir de outubro de 2019. Neste caso, é preciso que se encaminhe os comprovantes das comunicações de cancelamento do voo, feitas aos consumidores que adquiriram os bilhetes aéreos.

Assim também apresente laudo da ANAC que justifique a necessidade de cada cancelamento dos voos de partida e de chegada à cidade de Parintins/AM, a contar de agosto de 2019.

 

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Fotos: Divulgação