Um alto prelado da Secretaria de Estado do Vaticano está internado num hospital de Roma contagiado pelo coronavírus, covid-19.
A informação é de Paolo Rodari, publicada por Repubblica, com tradução do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
O bispo vive na Casa Santa Marta, residência onde está alojado o papa Francisco.
Há semanas, contudo, o Papa vive praticamente em isolamento.
Ele se movimenta, trabalha, mas se encontra com o menor número possível de pessoas.
Cancelou os encontros públicos, mas não renunciou em encontrar, com as devidas precauções, alguns colaboradores.
Alguns encontros acontecem no Palácio Apostólico, onde há mais espaço para manter a distância de segurança.
Massacre Padres
Em pouco mais de duas semanas, na casa mãe dos xaverianos em Parma, Itália, morreram 12 missionários.
Uma situação dramática que se soma aos 67 padres que morreram até agora em toda a Itália devido ao contágio do coronavírus.
A reportagem é de Domenico Agasso Jr. e Franco Giubilei, publicada hoje, dia 25.
Os próprios números dizem que a região de Parma é uma das mais atingidas pela pandemia.
Há vários dias, essa província se encontra no segundo lugar, depois de Piacenza, tanto em número de doentes quanto de mortes.
Os rostos dos missionários falecidos, todos com mais de 73 anos, alguns com mais de 90 anos e já em condições de saúde precárias, estão publicados no site oficial da congregação.
O que chama a atenção também é a falta de certeza sobre a causa de cada morte: coronavírus? “Não podemos saber, simplesmente porque não fizeram as análises”, explicou o padre superior.
Atualmente, os xaverianos estão observando a quarentena, mas, na casa mãe, há outros hóspedes em risco. Outras duas pessoas já estão no hospital e há o risco de que o massacre continue.
Nessa terça-feira, o papa lembrou-se deles, junto com médicos e enfermeiros que perderam a vida “porque estavam a serviço dos doentes”.
No sul da Itália, na Diocese de Salerno, o primado mais jovem, o Pe. Alessandro Brignone, tinha 45 anos.
Irmãs hospitalizadas
Sem que ninguém entendesse, o vírus se infiltrou nas paredes do convento em Tortona .
Em duas semanas, chegou a cinco o número das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, uma congregação ligada à figura de Dom Orione, que não suportaram a agressividade do coronavírus.
Irmã Maria Caterina Cafasso, 82, e Maria Ortensia Turati, 88, madre superiora por 12 anos até 2005, foram as primeiras a morrer uma após a outra.
Elas faleceram no hospital Tortona, que hoje se transformou em hospital Covid.
Na segunda-feira, outras duas irmãs não resistiram. Por fim, foi a vez da irmã Maria Cristina Fontes, 91.
Há uma preocupação dolorosa pelas outras 13 irmãs que ainda estão hospitalizadas porque são positivas para o vírus.
Uma caravana de 20 ambulâncias havia deixado a casa-mãe em direção ao hospital de Tortona.
Mas a hospitalização não foi suficiente para salvar a vida das freiras. Um massacre que se agrava dia após dia acompanhando o crescimento trágico dos contágios.
Leia no site da Unisinos .
Foto: Yara Nardi/Reuters/Agência Brasil