Estudo estima 1,1 milhão de mortos no Brasil sem isolamento

Um estudo assinado por 50 cientistas estimou os impactos do coronavírus em 202 países.

Para o Brasil, a previsão é de que morreriam mais de 1,15 milhão sem as medidas de isolamento social.

Entretanto, caso o país mantenha as restrições, esse número pode cair para 44,2 mil.

Foi o Imperial College o instituto responsável por outro levantamento que virou um marco na pandemia.

Um modelo matemático deu um panorama extremamente sombrio de como a doença se propagaria pelo Reino Unido.

Dessa forma, o levantamento apontou que até 250 mil pessoas poderiam morrer.

Depois do estudo, a estratégia do governo britânico mudou, abandonando a “imunização de rebanho”.

Para o Brasil, o cenário sem qualquer medida de enfrentamento aponta, além do numero de mortos, 187,7 milhões de infectados, outras 6,2 milhões hospitalizações, bem como 1,5 milhão de casos graves.

Assinam o estudo quase 50 cientistas, incluindo um grupo relacionado à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em um cenário com a implementação de medidas parciais de isolamento, com restrições a aglomerações, o número de mortes cai para 627 mil, e o de infectados para 122 milhões.

Há, ainda, um cenário com isolamento imposto somente para idosos que mostra 529 mil mortos.

“Nós estimamos que a ausência de intervenções resultaria em 7 bilhões de infecções e 40 milhões de mortes no mundo todo pela Covid-19 neste ano”, disseram os autores.

Estratégias de mitigação focadas na blindagem a idosos e desaceleração da transmissão poderiam reduzir esse ônus pela metade, salvando 20 milhões de vidas”, diz a pesquisa.

No entanto, os pesquisadores preveem que, mesmo nesse cenário, os sistemas de saúde em todos os países seria sobrecarregado rapidamente.

Além de ser provável que esse efeito seja ainda mais grave em contextos de baixa renda.

Números atualizados

O Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, informou neste sábado, dia 28, que o Brasil tem 3.904 casos e 114 mortes pelo novo coronavírus.

Desses mortos, 90% eram idosos, segundo a CNN Brasil.

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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil