O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas (Sinepe-AM ) discutiu nesta segunda, dia 13, a questão do valor das mensalidades durante a crise do coronavírus.
De conformidade com a entidade, as escolas estão funcionando. Professores e demais funcionários continuam trabalhando apesar da paralisação das atividades presenciais.
O sindicato afirmou que as escolas estão oferecendo atividades pedagógicas on-line, conforme a legislação.
Como há escolas de diferentes portes, o Sinepe defende que cada uma discuta individualmente a questão com pais de alunos. Por exemplo, o percentual de desconto no valor da mensalidade.
Segundo o sindicato, a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM) tem dois projetos de lei em discussão definindo percentual de redução da mensalidade, indistintamente, para as escolas.
De acordo com o Sinepe, os projetos são inconstitucionais porque é o Congresso Nacional que tem competência para legislar sobre o tema.
Na última reunião, realizada no dia 7, os parlamentares e órgãos envolvidos na discussão propuseram um Termo de Ajustamento de Conduta ( TAC).
Por ele, os descontos seriam de acordo com a modalidade de ensino oferecida pelas instituições. Porém, a proposta não foi aceita na assembleia de associados do Sinepe-AM.
A presidente da entidade, Elaine Saldanha, informou que as instituições particulares já estão praticando descontos nas mensalidades.
Conforme ela, essa é uma forma de fidelização do cliente. Elaine afirma, porém, que as escolas não têm redução da maioria de seus custos operacionais.
Por exemplo, ela cita os salários, que consumiriam 70% das receitas.
Por essa razão, a dirigente sindical argumenta que a perda de faturamento significará a quebra de muitas escolas.
Para o Sinepe, a orientação do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, pela nota técnica 14/2020, é para que, caso não seja feito reembolso parcial ou total de mensalidades, posteriormente a escola ofereça aulas presenciais ou on-line.
Foto: Divulgação/Sinepe