Em sessão na ALE-AM, secretária destaca ampliação de 350 leitos no Delphina

Simone destacou ampliação de 350 leitos no Delphina Aziz como uma ação decisiva do governo do Amazonas na luta contra a covid-19

23/04/2020 16:01

Secretária destaca ampliação de 350 leitos no Delphina como fundamental

A secretária de Saúde (Susam), Simone Papaiz, apresentou nesta quarta (22), em sessão virtual da Assembleia Legislativa (ALE-AM), o plano de trabalho do governo contra o coronavírus (covid-19).

Em sessão de cinco horas de duração, ela deu respostas a questionamento dos deputados e falou das prioridades.

Por exemplo, ampliar a oferta de leitos de UTI, principalmente, para desafogar as unidades de urgência e emergência.

Inicialmente, Simone destacou o respeito do governo de Wilson Lima pelos poderes Legislativo e Judiciário e a importância do diálogo e cooperação para esse momento de calamidade.

Simone diz que governo dá resposta rápida com ampliação de leitos

“Sou servidora pública há mais de 20 anos e estou empenhada em reestabelecer as relações. Não vamos conseguir avançar sozinhos e eu sempre defendo o diálogo para seguirmos com o nosso trabalho. Eu sou humilde de pedir ajuda e peço ajuda dos senhores também”.

A secretária, que está há duas semanas no cargo, destacou o aumento para 100 leitos de UTI no hospital Delphina Aziz como uma grande realização desse início de gestão. Os leitos clínicos também aumentaram, para 250.

Dessa forma, o hospital de referência tem hoje 66 leitos ativos de UTI, 12 leitos na recepção da “Sala Rosa” e 153 leitos clínicos. E, segundo Simone, a operação com capacidade máxima só depende da chegada de médicos intensivistas.

Ela citou ainda a recente parceria fechada com o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV). Como resultado, deste este dia 21 a Susam já dispõe de mais 18 leitos de UTI e 45 leitos clínicos para pacientes de coronavírus.

De acordo com Simone, a previsão do HUGV é ampliar essa capacidade para 31 leitos de UTI, com a realização de um processo seletivo para contratação de pessoal.

Parceria com governo federal

Simone disse que o estado tem recebido ajuda federal por meio de equipamentos, insumos e recursos humanos.

Além disso, segundo ela, a elaboração do plano de contingência e a criação de gabinete de crise respaldou a Susam para receber apoio federal.

Hospital de campanha

A secretária informou que o hospital Nilton Lins, criado para apoiar o Delphina Aziz, tem hoje 38 pacientes internados.

Aos deputados, Simone disse também que a Susam receberá, nas próximas horas, 20 respiradores enviados pelo Ministério da Saúde. Todos eles vão para o Nilton Lins.

Sobre a polêmica criada com o valor do aluguel desse hospital, a secretária disse que o governo pagará mensalmente R$ 866 mil para uma previsão de 400 leitos. Dessa forma, a diária de cada leito será de R$ 72, disse ela.

Pagamentos aos terceirizados

Questionada sobre o pagamentos de serviços terceirizados de cooperativas da saúde e empresas, Simone que algumas dívidas começam a ser quitadas nesta quinta (23).

“Com o aval do governador Wilson Lima, ficou pactuado que até o dia 23 de abril pagaremos a competência de fevereiro às empresas médicas. Posteriormente, pagaremos 50% de uma competência referente a 2018 e, em seguida, vamos finalizar processos de novembro e dezembro de 2019″.

Ela acrescentou que também serão quitados débitos com equipes de enfermagem e serviços meios. “Estamos vendo isso junto à Sefaz”, disse.

Aquisições de respiradores

Os deputados também foram informados sobre a aquisição de respiradores.

Por compra direta e doações do Ministério da Saúde.

A secretaria aguarda a liberação de 150 respiradores e está em tratativa para a aquisição de outros 200 importados.

A secretária esclareceu sobre os valores pagos pelos governos estaduais por esse tipo de equipamentos, por conta da pandemia.

Os preços dos equipamentos variam de R$ 150 mil a 190 mil, problema enfrentado por todos os Estados.

“Ou compramos com esses valores de 50% a 60% a mais da média do mercado ou não compramos nenhum equipamento. Porque esse é o preço que o mercado permite”.

Fotos: Divulgação/Secom