Saída de Moro bagunça cenário 2022 e agonia esquerda e bolsonaristas

Com sua saída do governo, Moro aparece como um adversário forte e capaz de unificar a direita não-bolsonarista e boa parte do centro

Moro vai ao Ceará

Neuto Segundo

Publicado em: 24/04/2020 às 12:10 | Atualizado em: 24/04/2020 às 12:10

O presidente Jair Bolsonaro perde seu ministro mais popular e ganha um forte adversário para as eleições de 2022.

Boa parte dos bolsonaristas já está aderindo imediatamente a Moro nas redes sociais.

A parte que fica no ninho está atônita, desnorteada.

 

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Para piorar a situação de Bolsonaro, há a crise econômica não debelada pelo ministro Paulo Guedes, conforme o prometido, e agravada pela pandemia do novo coronavírus.

Não se vislumbra uma solução econômica de curto prazo e quanto mais sangrar a economia, mais sangrará o eleitorado de Bolsonaro.

Com o tempo em direção ao seu ex-ministro da Justiça e agora potencial candidato a presidente da República.

A demissão de Moro mexe com todo o quadro eleitoral de 2022.

Um olhar sobre o espectro político mostra que o centro ganhou talvez o mais forte possível candidato do grupo.

Mas com um perfil de centro-direita.

A centro-esquerda e a esquerda saem quase tão feridas quanto Bolsonaro.

Ganharam um adversário forte capaz de unificar a direita não-bolsonarista e boa parte do centro.

Tudo junto e misturado, Moro deixa a esquerda assustada e os bolsonaristas da extrema direita conservadora completamente perdidos.

É a maior tragédia para o bolsonarismo, no pior momento.

 

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Foto: Carolina Antunes/PR