Os casos de malária no Amazona sofreram uma queda de 14% nos primeiro três meses de 2020. Com isso, existem 11.848 casos contra 12.038 no mesmo período de 2019.
De acordo com a FVS-AM, os números foram divulgados em alusão ao Dia Mundial de combate à Malária, neste sábado, 25.
A FVS-AM é a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.
Conforme a diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto , a malária permanece como um grande problema de saúde pública.
Obviamente, o problema precisa ser enfrentado pelo Brasil e Amazonas, diz.
“Manter a redução dos números de casos da doença é um desafio constante na região amazônica”, disse Rosemary. Segundo ela, “o desafio é maior em meio a pandemia pelo novo coronavírus”.
De acordo com o diretor técnico da FVS, Cristiano Fernandes, a malária não deixa de ser prioridade no órgão. “As ações não foram interrompidas, apesar do enfrentamento da Covid-19″.
Em seguida, completou: “A FVS mantém junto aos municípios, o abastecimento por meio de insumos estratégicos”.
Já o chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS, Elder Figueira, ressalta que o controle da endemia precisa ser contínuo e diferenciado.
“A FVS poss ui a maior rede de laboratórios de malária do Brasil. Ao todo, contamos com mais de 1.033 postos laboratoriais”.
Esses laboratórios têm microscopistas treinados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS). Com isso, “permite-se o diagnóstico e o tratamento precoce da doença”, destacou Elder.
Prioritários
Cerca de 80% dos casos de malária, no Amazonas, são oriundos de 18 municípios.
Até março de 2020, foram registrados 11.848 casos da doença, oriundos de São Gabriel da Cachoeira (2.632 casos) e Manaus (1.362).
Também constam Santa Isabel do Rio Negro (816 casos), Barcelos (740 casos), Carauari (482 casos) e Lábrea (468 casos).
Ainda segundo o boletim, Tapauá (417 casos), Coari (412 casos), Tefé (370 casos) e Ipixuna (261 casos).
Há registros também de Presidente Figueiredo (231 casos), Itacoatiara (209 casos), Guajará (204 casos) e Atalaia do Norte (187 casos).
Decerto, para encerrar, Humaitá (165 casos), Rio Preto da Eva (158 casos), Alvarães (70 casos) e Tabatinga (15 casos).
Prevenção
Ademais, a melhor forma de prevenção da malária é evitar a picada do mosquito e adotar medidas protetivas individuais.
Por exemplos: usar repelentes, calças e camisas de manga longa, evitar a permanência em igarapés no período de fim de tarde.
Nesse horário o mosquito é mais ativo para se alimentar.
Outra estratégia é aplicar inseticidas residuais nas paredes dos imóveis, localizados em áreas de transmissão ativa.
Além disso, é bom usar mosquiteiros impregnados com inseticidas.
Foto: Divulgação/FVS-AM