A produção industrial brasileira teve uma queda de 9,1% na passagem de fevereiro para março deste ano.
Esse foi o maior recuo desde maio de 2018 (-11%) e o pior mês de março desde 2002.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado é reflexo das medidas de isolamento social provocadas pela pandemia de covid-19.
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Na comparação com março de 2019, a queda chegou a 3,8%.
A indústria acumula perdas de 2,4% na média móvel trimestral, 1,7% no ano e 1% em 12 meses.
“Esse impacto da pandemia fica evidenciado quando se compara com o mês de fevereiro, já que a taxa é fortemente negativa e representa a queda mais intensa desde maio de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros. E não apenas pela magnitude da taxa, mas também pelo alargamento por diversas atividades, incluindo todas as quatro categorias econômicas e 23 das 26 atividades pesquisadas”, afirma o pesquisador do IBGE André Macedo.
Virada de mês
Na passagem de fevereiro para março, houve quedas na produção em 23 dos 26 ramos industriais pesquisados.
Com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-28%)
confecção de artigos do vestuário e acessórios (-37,8%)
bebidas (-19,4%),
couro, artigos para viagem e calçados (-31,5%)
produtos de borracha e de material plástico (-12,5%).
Por outro lado, três atividades tiveram alta na produção:
impressão e reprodução de gravações (8,4%)
perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (0,7%)
manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (0,3%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a principal queda ficou com bens de consumo duráveis (-23,5%).
As demais categorias tiveram as seguintes taxas de queda:
Os setores de bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-15,2%), bens de consumo semi e não-duráveis (-12%) e bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo (-3,8%).
Fonte: Agência Brasil
Foto: BNC Amazonas