“Não é vitória, é progresso”, alerta Arthur sobre redução de sepultamentos
Número de chamados do SAMU 192 e de sepultamentos estão em queda, mas o isolamento social ainda é necessário, apela prefeito

Israel Conte
Publicado em: 18/05/2020 às 09:19 | Atualizado em: 18/05/2020 às 09:27
O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) apelou para que sejam mantidos os cuidados preventivos e o respeito ao isolamento social.
Conforme o prefeito, a redução no número de chamados ao SAMU 192 e de sepultamentos realizados nos cemitérios públicos ainda não significa que a capital está livre do novo coronavírus (covid-19) e que é preciso cautela.
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“Quero deixar bem clara a posição da Prefeitura de Manaus e dizer que ainda não existe vitória de jeito algum. Não há nada a se comemorar a não ser uma pequena melhora. Se nós enterramos ontem (sábado, 16) 59 pessoas e antes eram mais de 100, isso significa uma melhora. Se antes o SAMU não dava conta de atender aos chamados e agora recebe cerca de 60 por dia, também é sinal de melhora. Porém não há vitória. O que há é um progresso”, enfatizou.
Números
De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), a média de sepultamentos em Manaus era de 39 até o dia 11 de abril.
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No dia 15, subiu para 88 mortos, no dia 19 para 122 sepultamentos, no dia 21 alcançou 136 e no dia 27 atingiu o topo, com 140 enterros e cremações. Desde então, os números diários caíram.
Estudo
Arthur citou o resultado do EpiCovid-19, o maior estudo populacional sobre o coronavírus no Brasil, coordenado pelo Centro de Pesquisa Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Um dos pontos apresentados na pesquisa é que na cidade de Manaus 11% da população pode estar contaminada pela covid-19.
“O resultado da pesquisa aponta que apenas 11% da população está, ou já teve, o novo coronavírus e a maioria é assintomática. Por outro lado, especialistas apontam que é necessário 50% da população se contaminar para chegarmos ao que chamam de ‘imunização de rebanho’, ou seja, ainda temos muita luta pela frente”, defendeu Virgílio.