Primeira indígena do país contaminada pelo coronavírus, a agente de saúde, Suzane da Silva Pereira, de 20 anos está curada. Ela pertence a etnia Kokama, que vive no sudoeste do Amazonas.
Tudo começou com os primeiros sintomas que apareceram no dia 25 de março. Sobretudo após viagem para Tabatinga com um grupo de profissionais da saúde. Durante esse período, ela teve contato com um médico que testou positivo ao coronavírus. Mas somente no dia 1 de abril ela foi diagnosticada com a covid-19.
Ao lado do marido, seu pai, sua mãe e sua filha Yara, de 1 ano e 10 meses, a agente de saúde passou por 23 de dias seguindo o protocolo do isolamento.
De acordo com Suzane, além das recomendações médicas hospitalares, ela também fez tratamento “com plantas medicinais, remédios caseiros todos os dias”.
Combate ao coronavírus Superando os ataques da doença, a indígena kokama não temeu e partiu para a batalha contra a pandemia do coronavírus.
Moradora da aldeia São José, no município de Santo Antônio do Iça, Suzane voltou a atuar no Distrito Sanitário de Saúde Indígena(Dsei), do Alto Rio Solimões. Este onde fica localizado o lugar onde mora.
Ela sempre realizou visitas na região, onde existe a tríplice fronteira do Brasil, Peru e Colômbia. Ali, a agente de saúde costuma ir aos lares dos povos kokama, tikuna e kaixana.
Acostumada a lidar com questões de saúde, Suzane admitiu viver agora uma nova experiência para ajudar a comunidade onde vive. Como ela mesmo diz “está sendo desafiador pois esse vírus é novo, mas vamos conseguir”.
Usando da medicina natural, a agente de saúde acompanha nas visitas os pacientes monitorados. Com a ‘boca de ferro’ para falar das medidas de prevenção, Suzane da Silva Pires vai além da disposição para cuidar do seu povo. E a partir disso ajudar a salvar vidas.
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Alto Solimões
Composto por 7 municípios, a região do Alto Rio Solimões é preocupante. De acordo com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), existem 173 casos confirmados, e 11 óbitos. Por outro lado, 129 estão recuperados.
Ao contrário dos registros da Sesai, lideranças indígenas apontam 36 mortes da etnia Kokama pelo coronavírus.
Foto: Divulgação
Com informações do UOL *
