Bolsonaro visita Aras, responsável por decidir sobre celular

Bolsonaro se ofereceu para visitar o procurador-gera da República, que vai dizer se o Supremo pede ou não a apreensão do telefone do presidente.

Proximidade de Aras com Bolsonaro revolta procuradores no Brasil todo

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 25/05/2020 às 15:16 | Atualizado em: 25/05/2020 às 15:16

O presidente Jair Bolsonaro resolveu visitar de improviso, nesta segunda-feira (25/5), o procurador-geral da República, Augusto Aras.

De acordo com o Correio Braziliense, o presidente se ofereceu para visitar o responsável pelo parecer ao conteúdo do celular de Bolsonaro. 

O presidente participava da solenidade de posse do novo procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena.

A solenidade ocorria por meio de videoconferência no Palácio do Planalto. Bolsonaro resolveu, no entanto, ir pessoalmente participar do evento, o que não estava previsto.

Vilhena foi empossado, por videoconferência, pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para o biênio 2020-2022.

Ao final da cerimônia, o chefe do Executivo parabenizou Vilhena e afirmou que iria até a sede da  PGR, onde acontecia a posse. De fato, Bolsonaro foi “apertar a mão” de Vilhena.

“É uma satisfação participar, mesmo por videoconferência, de um evento como esse. Cada vez mais nosso MP se mostra completamente inteirado com o destino da nossa nação. Um grande homem soma-se nesse momento a essa posição e nós desejamos a ele e a todos os integrantes do MP muito sucesso para o bem do nosso Brasil. Se me permite a ousadia, se me convidar eu vou agora aí apertar a mão do nosso novo integrante desse colegiado maravilhoso aí da PGR”, disse Bolsonaro. 

 

Bolsonaro é convidado

Aras respondeu, entretanto, que Bolsonaro estava convidado. Em seguida, o presidente se levantou e seguiu para o encontro. Lá, ficou cerca de 10 minutos e depois retornou ao Palácio do Planalto.

Oportunamente, o encontro fora da agenda ocorre três dias após pedido de apreensão do celular de Bolsonaro.

O pedido partira de parlamentares e partidos. Foi, então, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello enviou o pedido para a PGR emitir parecer.

O parecer de Aras, entretanto, será para decidir se o celular será apreendido ou não para investigação 

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Foto: Isac Nóbrega/PR/arquivo