Provas de fake news podem ser usadas também no TSE

O ministro, Alexandre de Moraes, pediu a quebra de sigilo de empresários alinhados ao presidente que podem ter financiado a produção de fake news na campanha de Bolsonaro

Ferreira Gabriel

Publicado em: 29/05/2020 às 14:09 | Atualizado em: 29/05/2020 às 14:09

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pretende defender no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a reabertura da fase de produção de provas das ações. Estas que apuram na corte eleitoral a utilização de uma rede de fake news nas eleições de 2018.

Ele assume uma vaga de titular no TSE na próxima terça-feira (2), no lugar da ministra Rosa Weber.

Hoje, quatro ações contra a chapa do presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão tramitam na corte. Além disso todas elas já finalizaram o processo de produção de provas.

Até o embate do Palácio do Planalto com o STF, a tendência era de que elas fossem arquivadas pelo relator, Og Fernandes.

A operação contra os bolsonaristas nesta semana, porém, reavivou a possibilidade de que elas sejam retomadas. Isso porque Moraes pediu a quebra do sigilo de empresários. Sobretudo alinhados ao presidente que, segundo ele, podem ter financiado a produção de fake news na campanha de Bolsonaro.

O PT, maior partido de oposição, defende que a fase de produção de provas seja reaberta para que o material utilizado no STF seja levantado no TSE.

O relator pode rejeitar esse pedido, mas há possibilidade de recurso ao plenário. Quando isso ocorrer, Alexandre de Moraes já será integrante titular da corte.

Leia mais na CNN Brasil

 

 

Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

 

Leia mais

Zambelli, Bia e outros do PSL publicaram posts ofensivos contra STF