Uma operação da Polícia Federal, nesta quarta (3), foi deflagrada para combater fraudes na saúde em três municípios amazonenses. Entretanto, na mesma ação, há municípios do Estado do Acre. São 11 ao todo nos dois estados.
A operação Off- Label foi executada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). E serve de alerta, contudo, para que gestores respeitem os recursos públicos.
No Amazonas, os municípios investigados hoje são Boca do Acre, Pauini e Guajará.
A avaliação de alerta é do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), manifestada hoje no plenário virtual da ALE-AM (Assembleia Legislativa).
“Isso significa dizer que há uma preocupação do MPF, da CGU e da PF na aplicação das verbas federais repassadas aos estados e municípios na área da saúde”.
De acordo com ele, os prefeitos precisam aplicar as verbas recebidas com respeito às regras.
“Fica o alerta. Em meio a uma pandemia, onde estamos vendo a morte de milhares de pessoas, é muito ruim ver o desperdício, a corrupção, do dinheiro público”.
De janeiro a maio, os três municípios do Amazonas receberam, segundo Serafim, R$ 42 milhões em repasses de verbas federais.
Desse volume, Boca do Acre recebeu a maior fatia: R$ 17,7 milhões. Pauini recebeu R$ 13,6 milhões e Guajará, R$ 10,6 milhões.
Investigação da CGU
Conforme a CGU, possíveis fraudes foram encontradas na compra de insumos sem ato administrativo correto e direcionamento de licitações.
Há também indícios de pagamento por medicamentos e insumos hospitalares que não foram entregues, além de preços superiores aos praticados no mercado.
Além dos três municípios do Amazonas, sete cidades do Acre, incluindo a capital Rio Branco, são alvos da operação da Polícia Federal. São eles Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Xapuri, Epitaciolândia, Bujari , Rio Branco e Jordão.
As fraudes na entrega de medicamentos e insumos hospitalares causam, de acordo com a CGU, impacto negativo na prestação de serviços à população. E a que mais sofre, portanto, é a de baixa renda, que depende dos estabelecimentos públicos de saúde.
Fotos: Divulgação/PF e CGU