O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich defendeu, nesta segunda-feira (8), a revisão da nova metodologia da pasta e avaliou que a recontagem indicará um maior número de mortes.
Durante entrevista a CNN, ele disse afirmou que a pasta teve enfraquecida a sua posição de liderança. Sobretudo com a revisão do método de divulgação de casos. Bem como de mortes de Covid-19.
“Não acredito que vá haver redução do número de casos. Você tem que mapear as mortes todas. É mais provável que tenham mais mortes do que menos mortes”, afirmou. Além disso, ele ponderou, entretanto, que uma recontagem pode melhorar a qualidade da informação.
O ex-ministro disse acreditar que a pasta “vai rever a posição”, mas que “a única consequência prática” é que o ministério pode ter “enfraquecido sua posição como liderança”. “Isso é uma coisa que [o ministério] tem que resgatar”, defendeu.
“A informação não vai deixar de existir. Essa mudança que aconteceu vai ter que ser revista, acredito que vai rever, porque não consigo imaginar a ideia de ocultar a informação. Isso vem dos estados e, se o ministério não consolidar, alguém vai. Não consigo ver essa situação da desinformação, porque ela vai chegar”, afirmou.
O ex-ministro avaliou que a situação atual é uma “guerra de números” que causa polêmica e gera polarização. “E isso é muito ruim. O que penso hoje é que a saúde, a sociedade e o país precisam de uma trégua”, considerou. “Acredito que vai haver um reposicionamento e não vamos ter dificuldade de informação”.
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Foto: Erasmo Salomão/MS
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