A secretária de Estado de Saúde (Susam), Simone Papaiz, afirmou que não houve superfaturamento na compra de respiradores para o enfrentamento à crise do novo coronavírus (Covid-19).
E apoiou a Operação Apneia do Ministério Público do Estado (MP-AM) deflagrada na manhã desta quarta-feira, dia 10, que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão.
A sede da Susam, residência de empresários, de servidores e de ex-secretários de Estado foram alvos da operação.
De acordo com o MP-AM, os elementos de prova colhidos, até o presente momento, apontam direcionamento da empresa escolhida para fornecer equipamentos médicos para a Susam, além de fortes evidências de superfaturamento.
Leia mais
Simone Papaiz afirmou que não houve superfaturamento, mas sim um desequilíbrio no mercado de respiradores por causa da pandemia.
“Não houve superfaturamento. Não houve sobrepreço. O que há, não só no Amazonas é o desequilíbrio no mercado para esses equipamentos. (…) O valor que era praticado no mercado nacional e internacional antes da pandemia é totalmente diferente dos atuais dentro da pandemia”, declarou.
A titular da Susam disse ainda que dois critérios foram utilizados para escolher a FJAP Importadora, que tem como nome fantasia Vineria Adega
Foi esta empresa que importou os ventiladores pulmonares por R$ 2,9 milhões.
“Consideramos menor preço e prazo de entrega. Não dava para esperar 180 dias para salvar vidas”, disse a secretária.
Papaiz afirmou ainda que a apoia a operação do MP-AM e que a secretaria não nega informações aos órgãos de fiscalização.
“É interesse do governo [fazer] a coisa mais transparente possível. Existe uma sindicância para apurar, deixar mais claro, evidenciado, junto com a CGE (Controladoria-Geral do Estado)”, afirmou a secretária.