Com a redução dos enterros diários, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), mandou encerrar o uso de valas coletivas. Sobretudo adotadas no auge da crise do coronavírus (covid-19) na capital.
Dessa maneira, mandou retirar escavadeiras e pás carregadeiras que abriam covas comuns no cemitério Nossa Senhora Aparecida, no Tarumã. Esse foi o principal campo-santo disponibilizado para as vítimas da doença.
Conforme a Secretaria de Limpeza Pública (Semulsp), que administra o cemitério, o método foi necessário quando a média diária de sepultamentos passou de 100.
“O método de sepultamentos em trincheira foi fundamental, pois sobrecarregou o trabalho dos coveiros durante a pandemia. Tínhamos de tomar medidas efetivas. Porém, a redução da média de sepultamentos diários nos permitiu a dispensar esses equipamentos pesados e voltar ao método tradicional”, disse o secretário Paulo Farias.
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Nos dois meses de agravamento da pandemia de Covid-19 no Amazonas, abril e maio, os cemitérios públicos. Assim como os privados de Manaus registraram 5.168 sepultamentos e cremações. Foram 2.809 no mês de abril e mais 2.359 em maio. O sistema funerário público gerido pela Prefeitura de Manaus foi responsável por 4.334 desses enterros, o equivalente a 83,8%.
Em janeiro, fevereiro e março, a média diária de sepultamentos nos cemitérios públicos de Manaus foi de 29, 27 e 28, respectivamente. Em abril, com a explosão de mortes por Covid-19, essa média subiu para 81. No mês de maio, a média diminuiu para 61 enterros.
Além da modalidade de sepultamentos em trincheira no cemitério Nossa Senhora Aparecida, único com espaço público para novas covas na capital, a prefeitura disponibilizou a opção de cremação, em parceria com uma empresa privada.
Quadro atual
Nesta terça, Manaus teve 39 sepultamentos. Desses, 35 foram nos nos cemitérios públicos. Os demais em campos particulares.
Foto: Divulgação/Semcom