Weintraub continua no inquérito de fake news, decide STF por 9 a 1

Weintraub defendeu a prisão de ministros do STF e os chamou de 'vagabundos'

Weintraub

Mariane Veiga

Publicado em: 17/06/2020 às 17:21 | Atualizado em: 17/06/2020 às 17:21

Por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou um habeas corpus que tentava tirar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, do inquérito das fake news.

O pedido foi apresentado pelo ministro da Justiça, André Mendonça, e o habeas corpus foi levado a julgamento no plenário virtual do Supremo.

No entanto, a maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Edson Fachin, que não chegou a analisar o mérito (conteúdo), e rejeitou o HC por questões processuais.

Dessa forma, Fachin reforçou que o atual entendimento do STF é no sentido de que não cabe HC para questionar decisão monocrática de integrante da Corte.

Votaram dessa maneira os ministros Dias Toffoli, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. O ministro Marco Aurélio Mello foi o único voto a favor de julgar o HC.

O ministro Alexandre de Moraes não votou porque se declarou impedido. Como relator do inquérito das fake news, foi ele quem determinou a inclusão do ministro no rol de investigados.

Weintraub foi incluído por ter dito, na reunião ministerial de 22 de abril que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.

Além das fake news, o inquérito também apura a disseminação de ameaças a ministros do STF e outras autoridades.

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Foto: Marcelo Camargo/ABr