Polícia Federal volta a bater à porta do governador do Pará

A Polícia Federal cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Pará

Provas do concurso da PF são adiadas por conta da pandemia

Mariane Veiga

Publicado em: 18/06/2020 às 10:40 | Atualizado em: 18/06/2020 às 22:14

A Polícia Federal, a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram hoje (18) a Operação Solercia.

O objetivo é apurar supostas irregularidades na contratação de empresas fornecedoras de produtos alimentícios pelo governo do Pará.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades paraenses de Belém, Ananindeua e Salinópolis, além de São Paulo.

O trabalho conta com a participação de auditores da CGU e da Receita Federal, além de 80 policiais federais.

De acordo com a CGU, “as investigações tiveram início após veículos de imprensa noticiarem eventuais fraudes em contrato firmado pela Secretaria de Educação”.

O objeto era a aquisição de cestas de alimentação escolar, como medida de enfrentamento à pandemia do coronavírus (covid-19). Ainda de acordo com a Controladoria, a contratação já foi cancelada.

“No entanto, o fato levou os auditores a descobrirem que a empresa vencedora fazia parte de um grupo de três empresas, constituído em nome de possíveis testas de ferro, com o intuito de firmar contratos junto ao governo do Pará”.

Segundo os investigadores, durante esse período os pagamentos recebidos pelas empresas somaram mais de R$ 50 milhões, valor que inclui recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Pará já recebeu cerca de R$ 326 milhões repassados pelo SUS em 2020. Desse total, R$ 105,6 milhões tinham como objetivo o combate ao coronavírus.

Conforme a CGU, os investigados poderão responder por crimes previstos na Lei de Licitações, falsidade ideológica, associação criminosa, corrupção passiva e ativa e peculato.

Fonte: Agência Brasil

 

Leia mais

Procuradoria pede a cassação do mandato do governador do Pará

 

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil