A atuação das Forças Armadas no combate ao desmatamento na Amazônia tem mais atrapalhado do que sido eficiente.
A acusação é de fiscais do Ibama, ouvidos sob anonimato pelo site UOL.
Eles avaliam como atabalhoada, inexperiente e até mal-intencionada a operação dos militares que começou em maio, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), autorizou o envio de tropas para combater focos de incêndio e desmatamento ilegal no Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Roraima, Acre, Amapá, Mato Grosso e Maranhão.
Desmatamento recorde
Apesar do reforço militar, com a operação GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que custa R$ 60 milhões por mês, o que se viu em maio deste ano assustou os ambientalistas.
De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), nunca se desmatou tanto: foram 829,9 km² devastados no mês em que a GLO passou a atuar —um recorde.
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Além disso, os militares passaram a descartar as operações planejadas pelo Ibama —há 30 anos na região— e a retirar o órgão das decisões de inteligência.
Desde maio, o instituto está proibido de indicar os alvos e formular as estratégias de campo.
Os fiscais contam ainda como os militares, sem estratégia, afugentam os criminosos utilizando seus equipamentos pesados.
“Quando é preciso usar helicóptero, o Ibama faz um sobrevoo baixo e desce para desmantelar a quadrilha. Os militares sobrevoam alto e não descem. Eles só chamam a atenção dos madeireiros, que retiram seus maquinários e somem”, diz.
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