Vacina da Inglaterra pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca
O grupo anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 29/06/2020 às 23:08 | Atualizado em: 29/06/2020 às 23:08
A vacina contra o covid-19, desenvolvida na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar disponível à população ainda este ano. A vacina foi desenvolvida na Universidade de Oxford.
A afirmação foi feita por Maria Augusta Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca, em publicação da Agência Brasil.
O grupo anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini.
De acordo com ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período.
“Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”, acrescentou.
Ela destacou que os prazos podem mudar de acordo com a evolução dos estudos.
Conforme Bernardini, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem se mostrado disposta a colaborar.
A vacina está atualmente na fase três de testes. Isso significa, de acordo a Unifesp, que a vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento.
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. E um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.
Foto: Reprodução/Agência Brasil/Athit Perawongmetha/Reuters