PT decide processar Sergio Moro por escuta telefônica em 2016
A conversa entre Lula e Dilma descartou a possibilidade de o petista virar ministro e, assim, ganhar foro privilegiado.

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 30/06/2020 às 20:24 | Atualizado em: 30/06/2020 às 20:24
O PT decidiu processar o ex-ministro Sergio Moro por causa de uma interceptação telefônica em 2016. Naquele ano, contudo, Moro atuava como juiz federal no comando da operação Lava Jato.
Na escuta, entretanto, foram reveladas conversas entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula (na foto, em depoimento prestado a Moro).
Quatro anos e três meses depois da divulgação do telefonema, o PT quer punição para o ex-juiz federal.
Em 16 de março de 2016 a conversa entre os dois implodiu a possibilidade de Lula virar ministro de Dilma e, assim, ganhar foro privilegiado.
O PT quer aproveitar a volta de Moro à “planície”, sem foro privilegiado, e processá-lo por interceptação sem autorização judicial.
Notícia-crime
O secretário-geral do partido, o deputado federal Paulo Teixeira (SP), entrou com uma notícia-crime no Ministério Público do Paraná. Ele pede que seja aberta uma ação penal para responsabilizar Moro por aquele episódio.
Outros cinco advogados assinam a peça, entre os quais o procurador aposentado Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça de Dilma.
A tese petista é na linha de que o tempo mostrou que Moro, ao divulgar aquela conversa, agiu com dolo. Agiu com intenção de atingir o núcleo do PT e ciente de que estaria descumprindo a lei, argumentam.
Aquele 16 de março foi um dia “fatídico”, diz a peça.
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Foto: Reprodução/Justiça Federal/arquivo